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sábado, 18 de junho de 2022

As verdadeiras cidades perdidas na Amazônia

      AS VERDADEIRAS CIDADES PERDIDAS NA AMAZÔNIA

Live do canal do Pirulla com Reinaldo Lopes de 18 de junho de 2022.



" TODA FORMA SUFICIENTEMENTE AVANÇADA  DE INCOMPETÊNCIA É INDISTINGUÍVEL DA MALDADE. "


quarta-feira, 1 de junho de 2022

Leituras do Caitanya-caritāmrta

 Leituras do Caitanya-caritāmrta em audios no SoundCloud e YouTube 




Link com playlist completa no SoundCloud 👉🏿


👉🏽 https://soundcloud.app.goo.gl/FcBvf


Link com playlist completa no YouTube 👉🏽


👉🏿 https://youtube.com/playlist?list=PL0Kjt57TPViLaLx-fxcBjjMaF-SNLcyCQ


Caitanya-caritāmrta,  por Swami Krishnadas Kaviraji Goswami, com significados por sua divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada.


Recomendamos iniciar os estudos das Escrituras Sagradas Védicas pelo Bhagavad-gita Como Ele É original, que é considerado o resumo da essência dos Vedas. O B.G. é o estudo básico,  como se fosse a graduação nos Vedas.


Você pode encontrar os áudios das leituras do Bhagavad-gita na playlist do SoundCloud  a seguir:


👉🏼👉🏿Ouça Leituras dos Vedas, uma playlist de Rosana Rodrigues Freedman no #SoundCloud

https://soundcloud.app.goo.gl/GZzWd


Ou, se preferir, siga os vídeos pelo YouTube no link a seguir:


👉🏿👉🏼https://youtube.com/playlist?list=PL0Kjt57TPViLoZ1nebWcDwiN-o2OWREuI


O Śrīmad Bhāgavatam é o comentário de Vyasadeva ao seu Vedanta Sutra, sendo considerado o estudo pós-graduado dos Vedas.  O S.B. consiste em 12 Cantos compostos por 19 livros, que são o resumo do Vedanta Sutra.


Você pode encontrar a playlist dos áudios e vídeos sobre o Śrīmad Bhāgavatam nas playlists a seguir:


SoundCloud 👉🏼👉🏿 Ouça Śrīmad Bhāgavatam, uma playlist de Rosana Rodrigues Freedman no #SoundCloud

https://soundcloud.com/rosana-rodrigues-espaco-ponto-luz/sets/r-mad-bh-gavatam?ref=clipboard&p=a&c=1&utm_source=clipboard&utm_medium=text&utm_campaign=social_sharing


YouTube 👉🏿👉🏼https://youtube.com/playlist?list=PL0Kjt57TPViIdmXHXl1k6JeL4U39UZSip


Aconselhamos a leitura gradual seguindo Canto por Canto.


Após essas leituras pode-se prosseguir ao estudo dos 8 livros do Caitanya-caritāmrta, escrito por Swami Krishnadas Kaviraji Goswami,  que é a biografia autorizada de Śrī Caitanya Mahaprabhu, Krishna Caitanya. 


A playlist completa dos áudios do C.C. Caitanya-caritāmrta você encontra no link a seguir do SoundCloud👉🏼👉🏿

Ouça Caitanya-caritāmrta - áudios Vedas, uma playlist de Rosana Rodrigues Freedman no #SoundCloud

https://soundcloud.app.goo.gl/HpFfM



Os Vedas são as escrituras sagradas mais antigas da humanidade; imemoriais, datam de milhões de anos desde as eras Satya-yuga, Treta-yuga, Dvapara-yuga e foram compiladas nessa atual era de Kali-yuga,  há aproximadamente 5.122 anos, após o aparecimento do Senhor Krishna na Terra, a Suprema Personalidade de Deus. 


Mesmo que passemos toda a nossa vida, 24 horas lendo os livros védicos, será impossível ler todos os livros sagrados disponíveis e já traduzidos para cerca de 100 línguas.


Acesse os Vedas, o Conhecimento mais completo e perfeito acerca do Supremo Deus. Deus é um só. Ele já Se manifestou inúmeras vezes na Terra nessas quatro eras citadas. 


Uma dessas manifestações foi como o Senhor Krishna, 3 mil anos antes do Avatar Senhor Jesus Cristo,  reconhecido pelos Vedas e devotos vaishnavas como o filho de Deus, Krishna; o devoto mais perfeito que já existiu. 


A última manifestação de Deus foi sua vinda como Caitanya Mahaprabhu,  o Avatar Dourado, Gauranga (lê-se "Gouranga"), em 1486, quando assumiu a disposição de um devoto para nos ensinar como ser um devoto, nesse final de Era de Kali-yuga, era das desavenças e hipocrisias.


Avançar nossos conhecimentos teológicos,  progredindo dos livros da Bíblia, Al Corão, Kardecismo, Cabala etc. para os livros mais antigos da humanidade é usar nossa mente e inteligência para termos um relacionamento amoroso direto e próximo com Deus, ouvindo diretamente Dele - e não de homens - todas as orientações e explicações sobre a vida, morte, Universos material e espiritual, Criação dos Universos, da Terra, das 8.300.000 espécies de seres vivos, de onde viemos e para onde vamos etc.etc.etc. porque estamos neste plano e o que devemos fazer para Voltar ao Supremo Deus, saindo desse plano de ilusões materiais.


Áudios completos sobre vários assuntos no Canal do SoundCloud ou Canal do YouTube:


👉🏼👉🏿Confira Rosana Rodrigues Freedman no #SoundCloud

https://soundcloud.app.goo.gl/CJrY2


👉🏿👉🏼https://youtube.com/user/RosanaSoprano


Bhaja nitai-gaura!

Hare Krishna!🙏🏻💙🙏🏿

Entenda a questão do termo "Hinduísmo" ( existem audios no SoundCloud, YouTube e Blog)

HINDUÍSMO OU HINDUÍSMOS? - UMA INTRODUÇÃO*

por Lúcio Valera (Lokasākṣī Dāsa)


Radha Krishna - Deidades da África do Sul 



ekaṁ sad viprā bahudhā vadanti 
“Um é o real, mas os sábios falam sobre ele de muitas formas” (Ṛg Veda, 1.164.46).

Podemos definir o Hinduísmo não como a religião da Índia, mas sim como o conglomerado de tradições religiosas que se identificam com as diferentes matrizes de escrituras védicas[1]. Isso incluiria a maioria da população da Índia e do Nepal, bem como os membros de comunidades espalhadas pelo mundo, que se identificam como ‘hindus’ ou com outras denominações relacionadas, como ‘vaiṣṇavas’, ‘śaivas’, ‘smartas’, etc. 

Mas, há religiões autóctones da Índia – como o Budismo, Jainismo e o Siquísmo –, ou que ali se estabeleceram – como os Parses (Zoroastrismo) – que não podem ser classificadas dentro do conceito amplo do Hinduísmo, por não seguirem ou, de alguma forma, contestarem a autoridade das escrituras védicas (Resnick, 2009, p. 321). 

Contudo, as denominações ‘Hinduísmo’ e ‘hindu’ não são nativas da Índia, elas foram inicialmente utilizadas por estrangeiros. Gavin Flood explica que: 

“O termo ‘hindu’ primeiramente foi usado como um termo geográfico persa que indicava as pessoas que viviam do outro lado do rio Indus (Sânscrito: sindhu). Em textos árabes, Al-hind é um termo usado para as pessoas da Índia contemporânea e ‘hindu’, ou ‘hindoo’, era utilizado nos fins do século XVIII pelos britânicos para indicar o povo do ‘Hindustão’, a área da Índia setentrional. Eventualmente ‘hindu’ tornou-se praticamente equivalente a um ‘indiano’ que não era muçulmano, sique, jaina ou cristão. O ‘-ismo’ foi acrescentado ao ‘hindu’, por volta de 1830, para indicar a cultura e religião dos brâmanes de alta casta em contraste com as outras religiões e o termo logo foi apropriado pelos próprios indianos no contexto de estabelecer uma identidade nacional em oposição ao colonialismo. Ainda que, desde o século XVI, o termo ‘hindu’ tenha sido utilizado, em textos hagiográficos sânscritos e bengalis, em contraste com ‘yavana’ ou muçulmano” (Flood, 2005, p. 6). 

Algumas tradições ortodoxas bem como modernas do que nos é conhecido como Hinduísmo, independentemente de sua denominação, às vezes, preferem identificar Hinduísmo com Sanātana-Dharma (a religião ou dever eterno) ou Vaidika Dharma (a religião dos Vedas). 

SANĀTANA DHARMA E A PLURALIDADE DAS TRADIÇÕES DO HINDUÍSMO

Gavin Flood questiona o fato de que quando falamos sobre o Hinduísmo estaríamos lidando com uma única religião, cuja essência se manifesta em formas diferentes. Ou seria o Hinduísmo uma diversidade de tradições distintas que partilham de certos traços comuns com nenhum traço único sendo partilhado por todas elas? Ou estaríamos lidando com uma realidade cultural fragmentada de crenças e práticas variadas, erroneamente classificadas como uma única religião? (Flood, 2005, p. 1). 

Na realidade, constata-se que não há apenas um tipo de Hinduísmo, mas sim vários Hinduísmos. Para Angelika Malinar “o conceito ‘Hinduísmo’, como categoria teológica ou científico-religiosa não está assegurado, pois não se encontra presente nos textos clássicos e tradições considerados testemunhos dessa religião” (Malinar, 1995, p.16). Malinar também pondera sobre a dificuldade de se explicar e compreender o Hinduísmo, pois: 

“Quando queremos falar da religião na Índia nos deparamos com tradições que são explicadas por uma conceituação filosófico-teológica diferente”. Para ela “a grande variedade de tradições religiosas e de sistemas teológicos torna difícil uma apresentação sistemática” (Malinar, 1995, p.16). 

Quanto à questão da identidade das tradições hindus, Paul Hacker critica a pretensa ‘unidade do Hinduísmo’. Para ele, “[...] a unidade do Hinduísmo é um postulado moderno, um produto do Neo-Hinduísmo. Ela é ‘inspirada essencialmente por apologias e nacionalismos’ proclamadas pelos ‘líderes do Neo-Hinduísmo’ e adotada até certo grau fora da Índia. Na verdade, a unidade do Hinduísmo tradicional é só uma unidade geográfica; e o próprio Hinduísmo equivale basicamente a um grupo de religiões que coexistem na mesma região geográfica e exibem várias características em comum, mas com muito mais sinais de divisão e antagonismo” (Halbfass, 1995, p. 12). 

Apesar do Neo-Hinduísmo[2] não ser um sistema de pensamento unificado, ele nos dá a ideia de que a verdadeira natureza do Hinduísmo seria o ‘universalismo’ ou o ‘ecletismo radical’[3]. O Hinduísmo tomado como um todo pode ser observado em “duas formas de pensar, a neo-hinduísta e a tradicionalista”. Paul Hacker esclarece ainda mais: 

“Utilizei o termo ‘formas de pensar’. Na verdade, o Neo-Hinduísmo e o Hinduísmo tradicionalista não são sistemas precisos, mas sim duas atitudes mentais distintas. Pode até mesmo acontecer que uma mesma pessoa combine os elementos das duas formas de pensar. 

O Hinduísmo tradicional assimila e absorve elementos externos de uma forma bem diferente do Neo-Hinduísmo. Diferentemente deste ele mantém uma continuidade viva com o passado. Mesmo no passado, grupos hindus já absorviam elementos do estrangeiro. Eles certamente mudaram a aparência da religião desses grupos. Mas ao mesmo tempo as maiorias de seus antigos valores se mantinham vivos como antes” (Hacker, 1995, p. 232). 

Hacker afirma que o pensamento neo-hindu recebeu influência do Ocidente e que seus seguidores se caracterizam como tal pelo fato de “[...] sua formação intelectual ser principalmente ou predominantemente ocidental. É a cultura europeia, e em muitos casos até mesmo a religião cristã, que os levaram a adotar determinados valores religiosos, éticos, sociais e políticos. Mas, depois eles articularam esses valores como sendo parte da tradição hindu” (Hacker, 1995, p. 231). 

Podemos identificar suas origens no Brahma Samaj de Ram Mohan Roy, o seu fortalecimento no Neo-vedānta de Vivekananda e a conquista de sua respeitabilidade em Radhakrisnam e em outros acadêmicos neo-hindus. Sua influência também pode ser encontrada em Gandhi, Rabindranath Tagore, Sri Aurobindo e outros. 

Pode-se constatar que há uma distinção bem clara entre os Hinduísmos tradicionais e o Neo-Hinduísmo. Os primeiros não aceitam serem rotulados como Hinduísmo, mas sim a designação de sua própria tradição. Para eles não há ‘um Hinduísmo’, mas sim ‘vários Hinduísmos’. Portanto, teologicamente falando, eles seriam vaiṣṇavas, śaivas, śāktas ou smārtas, mas não ‘hindus’[4]. 

Os neo-hindus, contudo, enfatizam que a unidade filosófica e teológica do Sanātana Dharma só pode ser encontrada em um Hinduísmo unificado e não sectário (que na verdade seria o Neo-Hinduísmo). Eles aceitam se identificar com o Hinduísmo sem qualquer dificuldade. Segundo Hacker: 

“O Neo-Hinduísmo de fato afirma ser o Hinduísmo. Mas é um Hinduísmo singular. Sua identidade substancial com o Hinduísmo antigo é questionável. Até mesmo compará-lo com as características gerais do renascimento europeu é questionável. Poderíamos dizer que como sinônimo para ‘neo-hindu’ utilizo às vezes a palavra ‘modernista’. Essa palavra também tem o sentido do prefixo ‘neo’”(Hacker, 1995, p. 230). 

TRADIÇÕES VÉDICAS DOS NIGAMAS: ŚRUTIS E SMṚTIS

A palavra veda significa conhecimento e o Veda é considerado, pela tradição hindu, como não tendo origem, nem autor (apauruṣeya), ou como uma revelação de Deus (Flood, 1996, p. 35). Pedra fundamental da civilização indiana e a personificação das regras ou leis que regem todo o universo (ṛta), eles são relatos do que foi ‘visto’ pelos ṛṣis ou, os mais bem-dotados poetas, videntes e profetas da civilização. 

Segundo Gavin Flood, “o termo veda é utilizado em dois sentidos. Ele é sinônimo de ‘revelação’ (śruti), que foi ‘ouvido’ pelos sábios, e então pode denotar todo o corpo de textos revelados, mas é também utilizado com um sentido restrito para se referir às camadas mais antigas de literatura védica” (Flood, 1996, p. 36). 

Mas, como há outras categorias de escrituras reveladas entre os hindus, que existem paralelamente com a tradição védica arcaica dos śruti e suas literaturas complementares adotaremos a denominação de Nigamas[5] para a literatura védica e de Āgamas para essas outras revelações, aparentemente mais recentes, que são utilizadas também como autoridade nas tradições religiosas do Hinduísmo. 

Smārtismo, juntamente como o Vaiṣṇavismo, Śaivismo e Śāktismo, constitui uma das quatro grandes divisões do Hinduísmo tradicional. Os termos Smārtismo e smārta (que indica os seus seguidores) vem da palavra smṛti (memória) que significa princípios de conduta e deveres evocados e derivados dos Śrutis ou textos do conhecimento revelado nos Vedas. Mas o éthos e a classificação do Smārtismo não podem se confinar apenas à comunidade dos brāhmaṇas smārtas,[6] com quem é frequentemente identificado. 

Apesar de não haver nele nenhuma divisão formal, ou escolas oficialmente reconhecidas, podemos observar algumas particularidades distintivas que constatam a existência de diferentes enfoques no Smārtismo. 

A razão dessa variedade se deve ao fato de os Vedas tratarem de uma gama extensa de conhecimentos, como o conhecimento sobre a ação ritual (karma), que permite ao indivíduo uma vivência melhor dentro do mundo material (karma-kāṇḍa); o conhecimento da reflexão filosófica, que permite a libertação da existência material (jñāna-kāṇḍa); e o conhecimento da meditação correta (upasana-kāṇḍa), que situa a pessoa em uma relação com a Divindade. 

De uma forma geral, o Smartismo é seguido por aqueles que acreditam na autoridade dos Vedas bem como nas premissas básicas dos Dharma-śāstras, Purāṇas e Itihāsas. Podemos também constatar que somente os membros das três classes superiores se identificam com o Smartismo, considerando-o com sua tradição ou linhagem familiar (gotra). Essa tradição, apesar de ser minoria dentro do Hinduísmo, ainda é praticada na Índia dentro do contexto hereditário das famílias das castas superiores. 

Quando a ortodoxia do Brāhmaṇismo Smārta foi impugnada pelas tradições heterodoxas, como o Budismo e o Jainismo, que contestavam a própria ideia de sacralidade e validade dos Vedas e dos sacrifícios e princípios védicos (Flood, 2003, p.5), os sacrifícios (yajñas) védicos começaram a perder sua importância. 

Consequentemente, a degeneração das tradições védicas milenares acarretou o surgimento de cultos violentos e seitas imorais, algumas em nome de Śiva e Śakti, que se digladiavam em busca de supremacia uma sobre as outras. Foi no contexto desse período turbulento, no século IX d.C., que o grande filósofo Śaṅkara apareceu e reformou a tradição védica smārta. 

Śaṅkara, para consolidar as diferentes tradições religiosas de origem védica, propagou o Vedānta Advaita por toda a Índia, desenvolvendo um Hinduísmo védico monista e eclético. Isto ele fez escrevendo extensos comentários sobre as Upaniṣads, o Brahma-sūtra e a Bhagavad-gītā, além de sistematizar o conhecimento das antigas tradições proto-hinduístas e agâmicas dos vaiṣṇavas, śaivas e śāktas, nos termos e sua filosofia vedānta advaita. 

Sendo considerada como o Hinduísmo resultante da reforma do Brāhmanismo arcaico, a tradição Smārta (smārta sampradāya) assume uma postura liberal ou não sectária, pois aceita todas as principais deidades hindus, sem priorizar nenhuma delas, como sendo todas elas apenas formas manifestas e temporárias de uma realidade que as transcende, que é o Brahman único (eka), eterno (nitya), sem qualidades (nirguṇa) e não manifesto (avyakta). Isso contrasta com o ensinamento das outras três grandes tradições do Hinduísmos, onde há identidade entre a divindade prioritária e Brahman, que concilia em seu ser as diferenças intrínsecas sem perder a plenitude. 

O Vaiṣṇavismo considera Viṣṇu, ou Kṛṣṇa, como a Divindade suprema eterna e capaz de conceder a libertação última (mokṣa) para a humanidade. Similarmente, muitos śaivas têm crenças similares sobre Śiva, e outros acreditam que a adoração da Śakti leva à obtenção de Śiva, que para os Śāktas é o Absoluto impessoal. No Śāktisno dá-se ênfase no feminino manifesto, pelo qual Śiva, o masculino não manifesto, pode ser realizado. 

Unificando a adoração e popularizando o conceito das cinco deidades védicas – Ganeśa, Sūrya, Viṣṇu, Śiva e Śakti –, ao qual se acrescentou mais outra, Kumāra, os smārtas desenvolveram um tipo de adoração conhecido como Pañcāyatana-pūjā. Dentre essas deidades, os devotos podem escolher sua ‘deidade preferida’ (iṣṭha-devatā). Cada deus é nada mais que um reflexo de um único Absoluto impessoal (saguṇa brahman). 

Os smārtas, assim como muitos śaivas e vaiṣṇavas, consideram Sūrya como um aspecto da Divindade. Nisso muitos śaivas e vaiṣṇavas diferem dos smartas, pois consideram que Sūrya é apenas um aspecto de Śiva e Viṣṇu, respectivamente. Por exemplo, para os vaiṣṇavas o nome da deidade do sol é Sūrya Nārāyaṇa, enquanto que na teologia śaiva afirma-se que o sol é uma das oito formas de Śiva, o aṣṭamūrti.[7] Da mesma forma, muitos śaivas consideram Gaṇeśa e Skanda como aspectos de Śakti e Śiva, respectivamente. 

A tradição smārta de Śaṅkara é um desenvolvimento relativamente novo no Hinduísmo. Muito hindus, inclusive os neo-hindus, talvez não se identifiquem estritamente como os smārtas, mas, por aceitarem os princípios do Vedānta Advaita, como fundamento do universalismo não sectário, podem ser considerados como seus seguidores indiretos. 

Entretanto, outras tradições contestam essa noção de que a supremacia de uma Divindade impessoal seja a única base para o não sectarismo. Essas controvérsias, sobre a natureza e identidade do Absoluto, sempre estiveram em pauta na história da filosofia e da religião na Índia. 

TRADIÇÕES TÂNTRICAS DOS ĀGAMAS: VAIṢṆAVISMO , ŚAIVISMO E ŚĀKTISMO

A palavra āgama vêm da raiz verbal gam, ‘ir’, mais a preposição ‘ā’, ‘em direção a’, e se refere às escrituras como ‘aquilo que conduz’ (Grimes, 1996, p.14) e tem sido utilizada para indicar a tradição continuamente transmitida de mestre para discípulo. Os Āgamas, que são considerados tão importantes quanto os Nigamas, são classes de literaturas sagradas que estabelecem as crenças e práticas relacionadas com Viṣṇu, Śiva e Śakti [8]. Elas lidam com o conceito da Divindade, a disciplina da vida religiosa, os modos de adoração, a construção de templos e monastérios, a consagração de imagens, yoga, cosmologia e filosofia (Vivekjivandas, 2010, p. 102). Os termos saṁhitā e tantra geralmente são utilizados como sinônimos de āgama. 

Os Āgamas prescrevem a adoração exclusiva de uma deidade em particular, Viṣṇu, Śiva e Śakti, e por isso recebem a denominação de Āgamas vaiṣṇavas, śaivas e śāktas, respectivamente. Podemos então constatar que, com exceção do Smārtismo – que se baseia fundamentalmente nos Nigamas –, as principais religiões do Hinduísmo tradicional baseiam fundamentalmente as suas doutrinas e rituais nos seus respectivos Āgamas, sem, contudo, rejeitar as raízes e autoridade dos Vedas. Esse é o caso das tradições do Vaiṣṇavismo, Śaivismo e Śāktismo. 

A palavra vaiṣṇava indica um adorador de Viṣṇu ou de suas numerosas manifestações.[9] Viṣṇu é uma das principais deidades védicas e também é conhecido pelos nomes de Nārāyaṇa, Vāsudeva ou Puruṣottama. O Vaiṣṇavismo forma a maior de todas as denominações teístas do Hinduísmo. Por teísmo queremos indicar a ideia de um Deus supremo e distinto (ou uma deusa, no caso do Śāktismo) que é o criador, mantenedor e destruidor do Universo, e que tem o poder de salvar as pessoas do ciclo de nascimentos e mortes, concedendo a salvação por sua graça (Vivekjivandas, 2010, p. 162-163). Entretanto, não devemos confundir superficialmente o conceito de graça vaiṣṇava com o conceito cristão da graça eficaz ou gratuita[10]. 

O Vaiṣṇavismo tem Viṣṇu, em suas diferentes formas, como o objeto supremo de devoção e como Divindade suprema, dotada de opulências e atributos infinitos. Segundo Srinivasa Chari, o Vaiṣṇavismo é: 

“[...] um sistema monoteísta que se baseia na teoria de que Viṣṇu é a Realidade última, a Deidade suprema (paratattva) e idêntico ao Brahman das Upaniṣads. Ele acredita que a adoração exclusiva e devotada de Viṣṇu levará à obtenção da meta espiritual mais elevada. E também enfatiza a observância de uma forma de vida ética e religiosa com o propósito da realização de Viṣṇu” (Chari, 2005, p. xxvi). 

Um dos traços característicos e determinantes do Vaiṣṇavismo é o conceito de avatāra,[11] onde o ‘aparecimento’ ou ‘descida’ da Divindade está inserido no contexto da sua função como mantenedor do dharma, ou seja, da ordem ou princípios que mantém a criação; função que é exercida por Viṣṇu. Na Bhagavad-gītā, Kṛṣṇa fala sobre as razões de sua descida: “De fato, sempre que há um declínio do dharma, ó Filho de Bharata, e surgimento do seu oposto, nesse momento eu me manifesto”[12]. Kṛṣṇa também descreve o propósito de tal manifestação: “Em me manifesto de tempos em tempos para a proteção dos virtuosos e destruição dos malfeitores e para o estabelecimento do dharma”[13]. 

Há referências a Viṣṇu e Nārāyaṇa nas literaturas védicas, inclusive no Ṛg Veda (Bhandarkar, 1965, p. 33). Uma das estrofes mais famosas do Ṛg Veda descreve que “os sábios sempre meditam na morada suprema de Viṣṇu, assim como os olhos se fixam no céu”.[14] Em alguns dos Brāhmaṇas, Āraṇyakas e Upaniṣads e proeminentemente em Purāṇas como o Viṣṇu, Bhāgavata, Matsya e Varaha Purāṇas, há descrições de Viṣṇu como o Ser supremo (Chatterjee, 1993, p. 5-6). Segundo relatos históricos, as escolas Pāñcarātra e Bhāgavata do Vaiṣṇavismo já eram bastante populares séculos antes da era cristã (Bashan, 1982, p. 331-332). 

O Vaiṣṇavismo teria surgido da integração de várias tradições individuais de fé, como as dos Vāsudeva-Kṛṣṇa, Kṛṣṇa-Gopāla, Sātvatas e Bhāgavatas (Vivekjivandas, 2010, p. 163). O Vaiṣṇavismo foi popularizado pelos Ālvārs, os doze poetas santos do Sul da Índia, que viveram entre os séculos VI e IX d.C. Eles compunham e cantavam com intensa devoção as canções em tâmil glorificando Bhagavān Viṣṇu ou Nārāyaṇa e sua consorte, Lakṣmī, bem como Rāma e Kṛṣṇa. Eles conseguiram atrair pessoas de todas as classes sociais, pois pertenciam a diferentes camadas sociais (Vivekjivandas, 2010, p. 163). 

Logo depois, as diferentes tradições (sampradāyas) do Vaiṣṇavismo tiveram suas bases filosóficas e teológicas sistematizadas pelos cinco grandes ācāryas (mestres) vaiṣṇavas de acordo como diferente hermenêuticas do Vedānta: (1) Rāmānuja (1017-1137 d.C.), e sua filosofia viśiṣṭādvaita, ‘não dualismo qualificado’; (2) Madhva (1238-1317 d.C.) e sua filosofia dvaita, ‘dualismo puro’; (3) Nimbārka (1125-1162 d.C.), e sua filosofia svābhāvika-dvaitādvaita, ‘dualismo e não dualismo inerente’; (4) Vallabha (1473-1531 d.C.), e sua filosofia śuddhādvaita, ‘não dualismo puro’; e (5) Caitanya Mahāprabhu (1486-1533 d.C.), e sua filosofia acintya-bhedābheda, ‘dualismo e não dualismo inconcebível’. 

As diferentes escolas teológicas do Vaiṣṇavismo, mesmo tendo conceitos filosóficos e religiosos particulares, partilham de princípios fundamentais comuns, tais como: (1) Paramātmā (o ‘si mesmo’ supremo) ou Parameśvara (o Senhor supremo), que é conhecido como Viṣṇu, Nārāyaṇa, Vāsudeva, Nṛsiṁha, Rāma ou Kṛṣṇa, é a Pessoa Suprema (puruṣottama); (2) ele possui qualidades (saguṇa) e forma (sākāra); (3) ele, e unicamente ele, é a causa de todas as causas, inclusive da manifestação, manutenção e destruição do universo; e (4) ele se revela por meio de encarnações (avatāras), escrituras sagradas (śāstras), deidades (mūrtis) nos templos e mestres (gurus) autorrealizados. 

Esses princípios são encontrados principalmente nos Pāñcarātras Samhitās, mais conhecidos como Āgamas ou Tantras vaiṣṇavas. Além disso, o Vaiṣṇavismo também se baseia nos Vedas, Purāṇas (principalmente o Bhāgavata e o Viṣṇu Purāṇas) e Mahābhārata (incluindo a Bhagavad-gītā). O caminho de devoção (bhakti), herdado das primeiras tradições devocionais e propagado em comum pelos cinco grandes ācāryas vaiṣṇavas, enfatiza prapatti, rendição integral que conduz diretamente a Viṣṇu, suas manifestações ou avatāras. 

A segunda grande tradição do Hinduísmo de origem tântrica é o Śaivismo que segue os ensinamentos de Śiva (śivāśāsana), enquanto divindade suprema. Essa tradição tem como foco a adoração de Śiva[15] e sua consorte, considerada sua śakti, ou potência (Flood, 1996, p. 149). A adoração de Śiva é uma tradição pan-hindu, praticada por toda a Índia, Sri Lanka e Nepal (Flood, 1996, p. 17; 149). Também podem ser encontrados vestígios da adoração de Śiva em Java, Bali e outras regiões bem distantes da Índia. Gavin Flood afirma que “a formação das tradições Śaivas como as compreendemos começou a acontecer de 200 a.C. até 100 d. C.” (Flood, 2005, p. 205). 

Apesar do Śaivismo ter se espalhado por todo o subcontinente da Índia, ele adquiriu formas e nomes próprios segundo as tradições regionais. No Śaivismo da Caxemira ele adquiriu características monistas singulares onde se aceita a identidade entre a Divindade (pati), isto é, Śiva, a alma individual (paśu) e o mundo (pāśa). Śiva é imanente e transcendente, e executa por meio de sua śakti as cinco ações de criação, preservação, destruição, revelação e ocultação. O Śaivismo da Caxemira, ou Śivādvaita, inclui tanto o conhecimento (jñāna) como a devoção (bhakti) como sādhanas (disciplina ou prática) para realizar a identidade da alma com Śiva (Encyclopedia of Hinduism, Vol. IX, p. 182). 

Além do Śaivismo da Caxemira podemos ainda mencionar outras tradições śaivas tais como a tradição Nakulīśa ou Lakulīśa-pāśupatam no Gujarat; a tradição Kālamukha[16], também denominada Vira-śaivismo ou Liṅgāyata em Karnataka; a tradição Śaiva Siddhānta em Tamil Nadu. Esta última diferentemente da tradição da Caxemira desenvolveu um sistema dualista. 

Além dos Āgamas, todas as seitas do Śaivismo, sejam elas do Norte ou do Sul da Índia, aceitam os Vedas como seus textos canônicos. Ambos são aceitos como afirmações de Śiva. Os Vedas considerados de natureza geral e os Āgamas de natureza específica (Encyclopedia of Hinduism, Vol. IX, p. 66). 

A terceira grande tradição do Hinduísmo de origem agâmica é o Śāktismo. O Śāktismo considera Devī, ‘a Deusa’, como o Brahman Supremo, o ‘um sem um segundo’, e todas as outras formas da divindade, femininas ou masculinas, como sendo meramente suas diferentes manifestações. Nos detalhes de sua filosofia e prática, o Śāktismo lembra em muito o Śaivismo. 

Contudo, os seguidores do Śāktismo, focam a maior parte de sua adoração na śakti, como o aspecto feminino dinâmico da Divindade Suprema. Śiva, o aspecto masculino da divindade, é apenas uma entidade transcendente, cuja adoração é relegada a um papel auxiliar (Subramuniyaswami, 1999, p. 1211). 

O Śāktismo engloba uma infinidade de práticas, desde as encontradas de modo incipiente no animismo primitivo até às formas derivadas das especulações filosóficas que visam o acesso ao poder ou à energia da śakti divina. Suas principais escolas são Śrī-kula, ‘família de Śrī’, mais forte no Sul da Índia, e a Kālī-kula, ‘família de Kālī’, que prevalece no Norte e Leste da Índia. 

A Deusa Devī concede tanto a libertação espiritual (mukti) como o desfrute material (bhukti). A meta última do Śāktismo é mokṣa, definido como identificação completa com a divindade de Śakti, que é adorada como Pārvatī, Durgā, Kālī, Amma, etc. Sua meta secundária é a execução de ações piedosas e desinteressadas, pois estas garantem, após a morte, entrar no paraíso celestial, bem como, quando do retorno à Terra, obter um bom nascimento. 

O Śāktismo, da mesma forma que o Śaivismo, utiliza como disciplina espiritual (sādhana) os princípios do tantra. Esse tantra, baseando-se no princípio arcaico da conciliação dos opostos aparentes – masculino e feminino, prazer e dor, causa e efeito, corpo e mente etc. –, aceita o corpo com um templo da Divindade e utiliza várias técnicas de purificação e transformação. Nos seus rituais e visualizações, utiliza mantras[17], mudrās, ‘gestos manuais’[18] e yantras, ‘figuras geométricos’[19]. Mas diferentemente do Śaivismo, o Śāktismo dá mais ênfase na potência (śakti) da Divindade onde se manifesta seu Ser e Consciência. Isto é, o feminino manifesto do engloba o masculino não manifesto. 

CONCLUSÃO

Muitos afirmam que o Hinduísmo não é uma religião, mas sim um “modo integral de vida”, cujos preceitos cobrem uma vasta extensão de atividades humanas, fora do alcance da maioria das religiões modernas. A complexidade das tradições do hinduísmo, de suas visões aparentemente conflitantes, portanto, nos impede de ter e fornecer uma visão panorâmica genuína do universo religioso e cultural que é o Hinduísmo. Com o acréscimo de nossos preconceitos acabamos gerando uma compreensão precária da sua realidade. 

Contudo, podemos constatar a existência de uma realidade universal, atemporal e transcultural que tem conduzido o Hinduísmo em sua evolução histórica, sempre numa dimensão conciliatória de sintetize, onde, apesar de transformações conjunturais sempre ocorrer, a essência sempre se mantém. 

Também o respeito pela pluralidade, não constitui apenas um princípio de tolerância, mas sim uma apreciação genuína pela forma com que a jornada humana pode ser feita em diferentes caminhos, e da melhor maneira, se for conduzida com consciência e exercício da liberdade. 

NOTAS:

* Texto adaptado de: “A mística devocional (bhakti) como experiência estética (rasa): Um estudo do Bhakti-rasāmṛta-sindhu de Rūpa Gosvāmī” / Lucio Valera. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião, 2015. 

[1] Os Vedas, como literatura e tradição oral, são as mais antigas escrituras da Índia, senão da humanidade, que foram reveladas aos ṛṣis (sábios ou videntes). Eles são hinários que são subsidiados e complementados por um rico sistema ritualístico (constituído dos Brāhmaṇas e Araṇyakas) e metafísico (constituído das Upaniṣads), bem como por apêndices de ciências védicas (Vedāṅgas e Upavedas). Como escrituras védicas, estaremos indicando, primariamente, a matriz de escrituras védicas, acima descrita, que denominaremos Nigamas, e secundariamente todas as outras literaturas canônicas e os tratados filosófico teológicos, que se baseiam nas escrituras conhecidas como Āgamas (ou Tantras), ou na síntese do Nigama com o Āgama. Nessa segunda matriz, portanto inclui-se os Smṛtis (como os Gṛhya e Dharma Śāstras), os Purāṇas, o Mahābhārata (que inclui a Bhagavad-Gītā), o Ramāyāna e os Darśanas (escolas de pensamento). 

[2] O termo ‘neo-Hinduísmo’, como foi utilizado por Paul Hacker, refere-se à interpretação do Hinduísmo, por hindus em resposta aos interesses do Ocidente não-hindu, e usando a terminologia e as suposições do Ocidente. Por exemplo, Hacker afirma que Willian James influenciou Radhakrishnan, e Vivekananda foi influenciado por Paul Deussen, um discípulo de Schopenhauer. Hacker contrasta o Neo-hinduísmo com o ‘Hinduísmo tradicional sobrevivente’, que se opõe a qualquer interpretação ocidental do Hinduísmo (Halbfass, 1995, p. 232). 

[3] O universalismo hindu adota a ideologia eclética de que todas as religiões são verdadeiras e dignas de tolerância e respeito, e foi provavelmente influenciado pelo ‘Unitarismo’ protestante, que é uma das tendências religiosa mais tolerante e liberal do mundo moderno (Abbagnano, 1982, p. 943). 

[4] Certamente podemos constatar que na Índia a maioria hindu da população se identifica como ‘hindus’. Mas isso se deve mais às razões culturais, éticas ou políticas. Pois com a emergência do nacionalismo hindu (Hindutva), as religiões hindus uniram-se ecumenicamente para salvaguardar suas identidades. 

[5] Outro nome dos Vedas, ou Śrutis e Smṛtis védicos. 

[6] Um brāhmaṇa smārta, ou seguidor da lei tradicional, é aquele que além de pertencer à casta dos brāhmaṇas, é um seguidor estrito das injunções dos Vedas e das escrituras (śāstras) que neles se baseiam (Encyclopedia of Hinduism 2010, Vol. IX, p. 551). Além disso, a estratificação social tradicional da Índia, além dos brāhmaṇa, também inclui mais três divisões: os ksatriyas (governantes), os vaisyas (comerciantes e agricultores) e os sudras (servos e operários). Estes últimos, entretanto, não recebem iniciação védica. 

[7] Aṣṭamūrti (Encyclopedia of Hinduism, 2010, Vol. I, p. 483). 

[8] Também podemos encontrar textos denominados āgamas no Budismo e Jainismo. 

[9] Essa definição é encontrada no Padma Purāṇa (Patala Khaṇḍa, 30.14.2): vaiṣṇavo viṣṇu sevaka, “quem serve a Viṣṇu é um vaiṣṇava”. Uma análise etimológica da palavra Viṣṇu pode ser encontrada em GONDA, J. Aspects of Early Visnuism. Utrecht: Oosthoek, 1954, p. 54-55. 

[10] Na doutrina cristã há o conceito de ‘graça eficaz’, que é o dom gratuito concedido por Deus cujos efeitos são infalíveis. Distingue-se da ‘graça suficiente’ que necessita da colaboração da liberdade humana, do livre arbítrio (Schlesinger, 1995, p. 1187). Essa discussão também pode ser encontra no Śrī-vaiṣṇavismo do filósofo Rāmanuja entre os conceitos de nirhetuka-kṛpa ‘graça incondicional’ e sahetuka-kṛpa ‘graça em resposta a uma boa ação feita pelo devoto’ (Chari, 1994, p. 278-279. 

[11] A palavra avatāra, segundo Pāṇini (III.3.120), tem o sentido de ‘descida’, indicando a manifestação da Divindade ou de um ser divino na Terra (Stutley, 1977, p. 32). 

[12] Yadā yadā hi dharmasya glānir bhavati bhārata, abhyutthānam adharmasya tad ātmānaṁ sṛjāmy aham (Bg, 4.7; Prabhupāda, 1994, p. 215). 

[13] Paritrāṇāya sādhūnāṁ vināśāya ca duṣkṛtām, dharma-saṁsthāpanārthāya saṁbhavāmi yuge yuge (Bg, 4.8; Prabhupāda, 1994, p. 217). 

[14] Tad viṣṇoḥ paramaṁ padaṁ sadā paśyanti sūrayaḥ, divīva cakṣur ātatam (RV, 1.22.20; Sarasvatī, 1987, Vol. II, p. 58). 

[15] A palavra sânscrita śiva é um adjetivo que significa ‘bondoso’, ‘amistoso’, ‘auspicioso’, ‘gracioso’ e ‘auspicioso’ (Apte, 1965, p. 919). 

[16] A seita dos Kālāmukhas, que prevaleceu na área de fala Kannada do Sul da Índia, adotava práticas muito austeras e muita polêmica foi gerada sobre ela. 

[17] Mantras: “formula que compreende palavras e sons com poder mágico ou divino” (Stutley, 1977, p. 180). 

[18] Mudrās são gestos físicos, mentais e psíquicos utilizados no yoga, na dança e no culto. 

[19] Yantras: “diagramas místicos que se acredita possuir poder mágico ou oculto”. (Stutley, 1977, p. 347). 

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA:

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1982. 

BHANDARKAR, Ramakrishna Gopal, Vaishnavism, Saivism and minor religious sects. Varanasi: Asian Educational Services, 1965. 

CHARI, S. M. Srinivasa. Vaisnavism: Its Philosophy, Theology and Religious Discipline. Delhi: Motilal Banarsidass, 2005.

CHATTERJEE, Chhanda. The Philosophy of Chaitanya and His School. New Delhi: Associated Publishing Company, 1993. 

ENCYCLOPEDIA OF HINDUISM. RAO, K.L. Seshagiri (edit.); KAPOOR, Kapil (edit.), 11 Vols. New Delhi: Rūpa & Co., 2010. 

FLOOD, Gavin. An Introduction to Hinduism. Cambridge: Cambridge University Press, 1996. 
______. (edit.).The Blackwell Companion to Hinduism. Malden: Blackwell Publishing Ltd. 2005.

HACKER, Paul. Aspects of Neo-Hinduism as Contrasted with Surviving Traditional Hinduism. In: Wilhelm Halbfass. Philology and Confrontation: Paul Hacker on Traditional and Modern Vedanta. Albany, N.Y.: State University of New York Press, 1995.

HALBFASS, Wilhelm. Philology and Confrontation: Paul Hacker on Traditional and Modern Vedanta. Albany: State University of New York Press, 1995.

MALINAR, Angelika. Deus, deuses e divindade na tradição hinduísta do Pancaratra. In: As múltiplas faces do Divino - Revista Concilium n. 258 – 1995/2, Petrópolis: Vozes, p. 16-25.

PRABHUPĀDA, A.C. Bhaktivedanta Swami. (trad.) O Bhagavad-Gita como ele é. São Paulo: Bhaktivedanta Book Trust, 1994. 

RESNICK, Howard Jay. For Whom Does Hinduism Speak? ISKCON Communications Journal, v.7, n. 1, Junho 1999, p. 45-53. Traduzido para o português em: Por quem o Hinduísmo fala? In: Arilson Oliveira, Max Weber e a Índia: o vaishnavismo e seu yoga social em formação. São Paulo: Blucher Acadêmico, 2009, p. 321-334. 

SARASVATI, Svami Satya Prakash (trad.); VIDYALANKAR, Satyakam (trad.). Rgveda Saṁhitā. 13 vols. New Delhi: Veda Pratishthana, 1977/1987. 

SCHLESINGER, Hugo; PORTO, Humberto. Dicionário enciclopédico das religiões. Petrópolis: Vozes, 1995. 

STUTLEY, James; STUTLEY, Margaret. Seshagiri (edit.). A Dictionary of Hinduism: Its Mythology, Folklore and Development 1500 B.C.- A.D. 1500. Bombai: Allied Publishers Private Limited, 1977. 

SUBRAMUNIYASWAMI, Satguru Sivaya, Merging with Siva: Hinduism’s Contemporary Metaphysics, Hawaii: Himalayan Academy, 1999. 

VIVEKJIVANDAS, Sadhu. Hinduism: An Introduction - Part 1, Ahmedabad: Swaminarayan Aksharpith, 2010. 
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#hinduismo #bramanismo  #vaishnavism #shaivismo #shaktismo #smartismo #SanatanaDharma #vaidikadharma #CulturaVedica #lokasaksi

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Rasalila devi dasi

sábado, 30 de abril de 2022

Orientação dos Vedas para Eclipses/ Guidance of Vedas for Eclipses - atualizado

 ORIENTAÇÃO DOS VEDAS PARA ECLIPSES [Portuguese-Brazil]

GUIDANCE OF THE VEDAS FOR ECLIPSES [Translation English below]



AVISO DE  ECLIPSE  hoje 30 de abril , dia 15 no Brasil e dia 16 na Africa do Sul e India de 2022.

Como sempre oriento, eclipse não é auspicioso,  portanto cubram as cabeças, não olhem eclipses e façam orações. Isso não é superstição, é explicado nos Vedas.


Srila Gurudeva Swami Vana Maharaja explica que se o eclipse for parcial em algum país, DEVE SER SEGUIDAS AS REGRAS ABAIXO SOBRE ECLIPSE.


Explicação para quem não é vaishnava: o termo védico " Observar Eclipse " em sânscrito, inglês  significa  "seguir as regras de eclipses"! Esse termo " observar " não é  "olhar os eclipses"!


Muito ao contrário! Portanto, uma das orientações para se seguir durante eclipses é NUNCA OLHAR E ACOMPANHAR ECLIPSES, que sempre são inauspiciosos e seus efeitos específicos sempre perduram por 6 meses, segundo Astrologia Védica. 


🙏🏿Segue texto de Taruni Gopi Dasi e outros a seguir:


" Como Srila Gurudeva e as Escrituras explicam, eclipses são momentos muito inauspiciosos por causa da influência de Rahu e Ketu, planetas maléficos (demônios).


Então, para ficar livre da influência da atividade pecaminosa no momento inauspiciouso do eclipse (caso ele seja visível onde você vive) devem-se observar certas regras:


- não dormir durante o eclipse;

- não comer, não beber durante o eclipse;

- não ir ao banheiro nem tomar banho durante o eclipse;

- não olhar para o eclipse e tentar ficar em área coberta;

- não se deve cozinhar na hora do eclipse e nem comer;

- qualquer água parada (ex: garrafinha de água ou galão de água) ficam contaminados com o eclipse, mas isso pode ser cancelado caso vc coloque uma folha de Tulasi nessa água;

- não se deve fazer nada no momento do eclipse exceto Sravan e Kirtan dos Santos Nomes e glórias do Senhor, em especial canto congregacional dos Santos Nomes em voz alta.


Hoje o eclipse solar não será visível no Brasil, então não é necessário seguir as "regras de observar eclipse" (observar regulamentos), mas de qualquer forma é considerado um momento inauspicioso.


Na noite do Nrsimha Chaturdashi (15 para 16 de maio) haverá um eclipse lunar totalmente visível no Brasil, de 22h às 4h, sendo recomendado que observemos as regras de cantar os santos nomes e não dormir na hora do eclipse." [Veja imagem a seguir]


Na África do Sul e Índia será na madrugada do dia 16 de maio/2022. Veja a imagem a seguir referente à África do Sul e consulte no link abaixo sua cidade e país, pois pode variar muito dentro de um mesmo país. [Se no seu país for parcial, sempre seguir orientações, mesmo qur nao seja visível ]



🙏🏻Seguem explicações do site www.purebhakti.com:


👉🏼https://www.purebhakti.com/index.php?option=com_content&view=article&id=994


Eclipses


"Eclipses são considerados pouco auspiciosos. Para neutralizar os efeitos desfavoráveis ​​e criar auspiciosidade, durante um eclipse, evita-se dormir, comer, beber, tomar banho ou usar o banheiro. Recomenda-se ficar dentro de casa, não olhar para o eclipse, e cantar constantemente Harinama. 


Os eclipses listados para sua localização são eclipses globais para todo o mundo com horários ajustados ao seu fuso horário sem considerar dia ou noite, horário de verão ou horário de verão. Para determinar se um eclipse listado deve ser seguido para sua localização, consulte a lista de verificação abaixo:


1) Eclipses lunares pré-numbrais não são seguidos por Gaudiya Vaisnavas e estão listados apenas para sua informação.


2) Eclipses solares parciais e totais que começam e terminam completamente após o pôr do sol e antes do nascer do sol não são visíveis e, portanto, não são seguidos.


3) Eclipses lunares parciais e totais que começam e terminam completamente após o nascer do sol e antes do pôr do sol não são visíveis, portanto, não são seguidos.


4) Eclipses Solares - Para todos os outros  eclipses solares parciais e totais , consulte o mapa de eclipses relacionado. Neste link, eclipse.gsfc.nasa.gov , procure a subseção " Decade Solar Eclipse Tables " sob o título " Eclipses of the Sun ". Selecione a década correta. Na próxima página que carrega, role para baixo até a tabela do eclipse. Na coluna da esquerda, encontre a data do eclipse relacionado e clique na data. Uma nova janela será aberta com o mapa do eclipse. Se sua localização estiver dentro do caminho do eclipse, siga as regras Vaisnava relacionadas a eclipses de acordo com o horário do eclipse publicado no Calendário Vaisnava.


5) Eclipses Lunares - Para todos os outros eclipses lunares parciais e totais , consulte o mapa de eclipses relacionado. Neste link, eclipse.gsfc.nasa.gov , procure a subseção " Decade Lunar Eclipse Tables " sob o título " Eclipses of the Moon ". Selecione a década correta. Na próxima página que carrega, role para baixo até a tabela do eclipse. Na coluna da esquerda, encontre a data do eclipse relacionado e clique na data. Uma nova janela será aberta com o mapa do eclipse. Se sua localização estiver dentro do caminho do eclipse, siga as regras vaisnavas relacionadas a eclipses de acordo com o horário do eclipse publicado no Calendário Vaisnava.


Se um eclipse não for visível em sua localização, não é necessário observar as regras. No entanto, ainda é considerado um momento desfavorável. Embora você possa encontrar instruções de visualização de eclipses no site da Nasa, a Gaudiya Vaisnavas não recomenda a visualização de eclipses."


🙏🏿Para saber se o eclipse será visível na sua cidade ou país e se você deve seguir as orientações para o eclipse, entre no site da Nasa abaixo, preencha os dados e verifique:


👉🏽👉🏿 https://eclipse.gsfc.nasa.gov/JLEX/JLEX-index.html


"Previsões de Eclipse por Fred Espenak e Chris O'Byrne (GSFC da NASA)"


Conheça e estude os Vedas.


Hare Krishna 🙏🏼🌷🙏


Grupo 🌞 Go with Gauranga! 🌞  Vedas 🙏🏻🙏🏿


***

[Translation English]


ECLIPSE NOTICE today April 30th, 15th in Brazil and 16th in South Africa and India 2022.

 As I always advise, eclipse is not auspicious, so cover your heads, don't look at eclipses and say prayers.  This is not superstition, it is explained in the Vedas.


Srila Gurudeva Swami Vana Maharaja explains that if the eclipse is partial in any country, THE FOLLOWING RULES ON ECLIPSE MUST BE FOLLOWED, " OBSERVED". 


 Explanation for non-Vaishnava: The Vedic term "Observe Eclipse" in Sanskrit, English means "follow the rules of eclipses"!  This term "OBSERVED "  is not "watch eclipses"! * ( "observe" in Portuguese,  Spanish,  Italian is " to look at, to watch " ).*


 Quite the opposite!  Therefore, one of the guidelines to follow during eclipses is NEVER LOOK AT AND FOLLOW ECLIPSES, which are always inauspicious and their specific effects always last for 6 months, according to Vedic Astrology.


 🙏🏿Following text by Taruni Gopi Dasi:


 "As Srila Gurudeva and the Scriptures explain, eclipses are very inauspicious times because of the influence of Rahu and Ketu, malefic planets (demons).


 So, to be free from the influence of sinful activity at the inauspicious moment of the eclipse (if it is visible where you live) certain rules must be observed:


 - do not sleep during the eclipse;

 - do not eat, do not drink during the eclipse;

 - do not go to the bathroom or shower during the eclipse;

 - do not look at the eclipse and try to stay in a covered area;

 - you should not cook at the time of the eclipse or eat;

 - any standing water (eg water bottle or gallon of water) is contaminated with the eclipse, but this can be canceled if you put a Tulasi leaf in that water;

 - nothing should be done at the time of the eclipse except Sravan and Kirtan of the Holy Names and glories of the Lord, especially congregational chanting of the Holy Names aloud.


 Today the solar eclipse will not be visible in Brazil, so it is not necessary to follow the "rules of observing eclipse" (observing regulations), but in any case it is considered an inauspicious moment.


 On the night of Nrsimha Chaturdashi (May 15th to 16th) there will be a fully visible lunar eclipse in Brazil, from 10pm to 4am, and it is recommended that we observe the rules of chanting the holy names and not sleeping at the time of the eclipse." (See the following image )





In South Africa and India it will be at dawn on May 16/2022.  See the following image referring to South Africa and check your city and country in the link below, as it can vary a lot within the same country.  [If you are partial in your country, always follow guidelines, even if it is not visible]




 🙏🏻 Here are explanations from www.purebhakti.com:


👉🏼https://www.purebhakti.com/index.php?option=com_content&view=article&id=994


 Eclipses


 "Eclipses are considered inauspicious. To counteract the unfavorable effects and create auspiciousness, during an eclipse, avoid sleeping, eating, drinking, bathing or using the toilet. eclipse, and constantly chant Harinama.


 The eclipses listed for your location are global eclipses for the entire world with times adjusted to your time zone without regard to day or night, daylight saving time or daylight saving time.  To determine if a listed eclipse should be followed for your location, refer to the checklist below:


 1) Prenumbral lunar eclipses are not followed by Gaudiya Vaisnavas and are listed for your information only.


 2) Partial and total solar eclipses that begin and end completely after sunset and before sunrise are not visible and therefore not followed.


 3) Partial and total lunar eclipses that begin and end completely after sunrise and before sunset are not visible therefore not followed.


 4) Solar Eclipses - For all other partial and total solar eclipses, see the related eclipse map.  In this link, eclipse.gsfc.nasa.gov, look for the subsection "Decade Solar Eclipse Tables" under the heading "Eclipses of the Sun".  Select the correct decade.  On the next page that loads, scroll down to the eclipse table.  In the left column, find the related eclipse date and click on the date.  A new window will open with the eclipse map.  If your location is within the eclipse path, follow the Vaisnava rules regarding eclipses according to the eclipse time published in the Vaisnava Calendar.


 5) Lunar Eclipses - For all other partial and total lunar eclipses, see the related eclipse map.  In this link, eclipse.gsfc.nasa.gov, look for the subsection "Decade Lunar Eclipse Tables" under the heading "Eclipses of the Moon".  Select the correct decade.  On the next page that loads, scroll down to the eclipse table.  In the left column, find the related eclipse date and click on the date.  A new window will open with the eclipse map.  If your location is within the eclipse path, follow the Vaisnava rules regarding eclipses according to the eclipse time published in the Vaisnava Calendar.


 If an eclipse is not visible at your location, it is not necessary to observe the rules.  However, it is still considered an unfavorable moment.  While you can find eclipse viewing instructions on the NASA website, Gaudiya Vaisnavas does not recommend viewing eclipses."


 🙏🏿To know if the eclipse will be visible in your city or country and if you should follow the guidelines for the eclipse, enter the NASA website below, fill in the data and check:


 👉🏽👉🏿https://eclipse.gsfc.nasa.gov/JLEX/JLEX-index.html


 "Eclipse Predictions by Fred Espenak and Chris O'Byrne (NASA's GSFC)"


 Know and study the Vedas.


 Hare Krishna 🙏🏼🌷🙏


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sexta-feira, 15 de abril de 2022

Jesus Cristo vive nos Vedas

 JESUS CRISTO VIVE NOS VEDAS



Jesus Cristo vive.

Ele veio e tentou ensinar tantas coisas com uma linguagem simples, mas raros seguem seus ensinamentos. 

Um deles? Não matarás. Qualquer ser.

Ele pedia para orarmos ao Pai. O Pai é Deus. Você ora? Reza o terço diariamente?

Só aos domingos, ou nem isso?

Ser cristão é se esforçar para seguir os ensinamentos de Jesus, orar, todos os minutos de nossas vidas.

Jesus foi um devoto perfeito e os Vedas O aceitam. 🌷

Sempre amei Jesus.

Meu marido, descendente de judeus, também. 

Das escrituras bíblicas partimos conhecer e estudar os Vedas imemoriais; que Jesus conheceu durante os 30 anos que esteve viajando, também no Oriente.

"Compreender" Jesus de forma real e honesta requer coragem para romper com padrões rígidos e inflexíveis sustentados pela culpa e medo. 

"Acessar" Jesus de forma pura e doce é possível indo além da Bíblia escrita por homens.

"Conhecer e sentir" Jesus, bem de pertinho, é realizável com leituras védicas, devoção verdadeira e colocando por terra todas nossas vaidades e egos que só servem a nós mesmos; jamais a Cristo e Seu Pai.

Hare Krishna 🙏🏼🌷🙏🏿

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Cosmologia Védica e a Origem da Criação

 COSMOLOGIA VÉDICA E A ORIGEM DA CRIAÇÃO

 por Lokasākṣī Dāsa




 Cosmologia é a ciência que trata da origem e desenvolvimento do universo. O termo que vem do grego, sendo formado por kósmos mais o sufixo logia “ciência” ou “discurso”. Seria o ramo da astronomia que estuda a estrutura, evolução e composição do universo em seu todo, preocupando-se tanto com a origem quanto com a evolução dele. Ela é inseparável tanto da Cosmogonia como da Cosmografia que buscam respectivamente explicar o processo como se origina essa existência e a sua estrutura resultante.


 O princípio básico da cosmologia das culturas arcaicas é que o cosmo não é um fenômeno sem sentido ou acidental, ou produto do acaso. Segundo a tradição védica, o cosmo tem um propósito, que é de ajudar no processo da libertação humana, processo este que é cíclico e baseia-se na força do karma. Cada ciclo chama-se kalpa, que é um período de existência criada ou cósmica que é seguido de um período igual de dissolução ou caos.


 Cosmogonia por sua vez seria a parte da cosmologia, que trata especificamente da criação e formação do mundo. Quanto à criação universal, a ciência contemporânea, no caso, a Astronomia e outras ciências correlatas, faz uso das chamadas “teorias cosmogónicas.”


 Na verdade os cientistas desconhecem sobre a origem ou de como se cria a matéria no Universo. O que pode ser conhecido cientificamente são apenas os rastros ou vestígios da evolução universal, utilizados para formular as “teorias cosmogônicas”. É dessa forma que eles estabelecem, com relativa coerência, a procedência e o desenvolvimento evolutivo do Universo. A ciência contemporânea tem três teorias principais sobre a origem do Universo:


 (1) Teoria Expansionista ou do “Big-Bang” ou “Grande Explosão” (1) - que afirma que o Universo está em expansão;


 (2) Teoria do Equilíbrio ou "Teoria do Estado Contínuo" (2)- que afirma que o Universo se encontra em estado de equilíbrio; e


 (3) Teoria Cíclica ou "Teoria da Oscilação" (3) - que defende o princípio cíclico do Universo. Indica que a intervalos de 60 bilhões de anos (ou 25 bilhões para outros cientistas), toda a matéria do Universo se reunirá num ponto. Então acontecerá uma expansão que não prossegue indefinidamente, culminando com o momento em que volta a se agrupar dando lugar a uma nova fase de contração, justamente num ponto com a matéria existente. Portanto o Universo se expande e se contrai alternadamente.


 A Teoria Cíclica (da Oscilação) apresenta alguma semelhança com a visão cosmológica védica da existência da “respiração cósmica de Brahman”, de contração e expansão alternada, e do Universo existir indefinidamente.


 Podemos encontrar na tradição védica várias teorias cosmológicas sobre a criação e evolução do Universo. Elas estão presentes nos sistemas filosóficos Sāṅkhya, Nyāya e Vedānta e principalmente nos Vedas e literaturas complementares (Ṛg-Veda, 10.72; 10.90; 10.121; 10.129; Atharva-Veda, 19.53-54.), Brāhmaṇas (Śatapatha Brāhmaṇa, 11.6.1; 14.4.2), Upaniṣads (Bṛhadāraṇyaka Upaniṣad, 5.5.1; Chāndogya Upaniṣad, 4.3.1; 1.9.1; Kaṭha Upaniṣad, 2.5; e Taittirīya Upaniṣad, 2.7), Vedānta-sūtra, 1.1.2), Purāṇas (Viṣṇu Pūrāṇa, 1.2; Bhāgavata Pūrāṇa, 2.9; 3.5. Nāradīya Pūrāṇa, 1.3), Manu Smṛti (1.1.15), Bhagavad-gītā (15-1-2) e Brahmā Saṁhitā (5.2).


 MUNDOS MATERIAIS E ESPIRITUAIS


 O Vedānta, ou metafísica védica, identifica a Realidade Absoluta com o Ser que tudo permeia. Ele recebe o nome de Brahman e é definindo como: janmādyasya yataḥ, “Aquele que gera, mantem e aniquila tudo” (Vedānta-sūtra, 1.1.2).


 A palavra brahman, ‘o grande’, vêm da raiz verbal bṛh ‘expandir’ e designa aquilo ou aquele que se expande mais que qualquer outra coisa. Como o aspecto impessoal da Divindade, o Brahman seria o Ser que se ‘expande’ infinitamente, isto é, o Absoluto ou essência ontológica de todos os seres. Trata-se da realidade metafísica final que é o ekam evādvitīyam “um sem um segundo” (Chāndogya Upaniṣad, 6.2.1), a Realidade última, a fonte original e o fundamento da existência.


 Por sua vez, em seu aspecto pessoal localizado como Paramātmā (a Superalma onipresente e onisciente), a Divindade é a Pessoa (puruṣa) que é Criador e Senhor de todas as Energias (śaktis). Isso é corroborado pelo Ṛg-Veda:


 puruṣa evedaṁ sarvaṁ yad bhūtaṁ yac ca bhavyam

 utāmṛtatvasyeśano yad annenātiro hati


 “Tudo que existe no Universo, no passado e também no futuro, são manifestações do Senhor Supremo, em Sua expansão do Puruṣa. Apesar de ser o Senhor da Imortalidade, Ele Se manifesta no Universo para que todos os seres possam desfrutar do fruto de suas ações” (Ṛg-Veda, 10.90.2; Atharva Veda, 19.6.4; Śvetāśvatara Upaniṣad, 3.15).


 Identificando o Real com a Sua expansão do Pūruṣa, “genitor”, o Ṛg-veda correlaciona-O com as duas dimensões ontológicas, a dimensão material e a dimensão espiritual, tendo a material como um quarto da realidade (eka-pada-vibhuti) e a espiritual como seu três-quartos (tri-pada-vibhūti):


 etāvān asya mahimāto jyāyāṃś ca pūruṣaḥ

 pādo 'sya viśvā bhūtāni tripād asyāmṛtaṃ divi


 “Essa é a manifestação de Seu poder, mas o próprio Senhor é muito maior que isso. Todas as entidades vivas do universo são somente um quarto de Seu ser, outros três quartos constituem a Sua natureza eterna no Céu espiritual” (Ṛg Veda, 10.90.3).


 tripād ūrdhva udait puruṣaḥ pādo’ syehābhavat

 punaḥ tato viṣvaṅ vyakrāmat sāśanānaśane abhi


 “Com Seus três-quartos, o Senhor transcendeu o mundo material. Com Seu um-quarto Ele manifestou-Se novamente neste Universo. Então, Ele foi por todas as partes, penetrando todos os seres animados e inanimados” (Ṛg-Veda, 10.90.4).


 A existência de uma Realidade, que precede a criação, também é descrita nos Purāṇas:


 aham evāsam evagre nānyad yat sad-asat param


 “Antes da criação cósmica, somente Eu existo, e não existe fenômeno algum, seja ele grosseiro, sutil ou primordial” (Bhāgavata Purāṇa, 2.9.33).


 Nesse mesmo arcabouço metafísico, os Purāṇas estabelecem a existência de um mundo espiritual identificado com Vaikuṇṭha ou Vraja, que constituem a dimensão ou mundo de Deus, real, eterno e arquetípico. O mundo espiritual, apesar de ser descrito como o céu espiritual, é inconcebível e indescritível, pois sua dimensão é supra material. Essa realidade transcendente é eternamente imanifesta (avyakta). Ou seja, não é um produto das interação dos modos (guṇas) na natureza material, que traz todas as limitações manifestas no tempo e espaço.


 Quanto à criação material, em processo de evolução, do imanifesto (asat) surgiu o manifesto (sat):


 devānām pūrvye yuge 'sataḥ sad ajāyata


  “No início da criação, o manifesto [sat] surgiu do imanifesto [asat]” (Ṛg-Veda, 10.72.2).


 O Manu Smṛti também descreve este estado imanifesto do Universo da seguinte for-ma:


 āsīd idaṁ tamo bhūtam alakṣaṇam

 apratarkhyam avijñeyaṁ prasuptam iva sarvataḥ


 “Esse (mundo) existia na forma de Escuridão, imperceptível, destituído de sinais de identificação, inacessível pela razão, incognoscível, completamente imerso, como se estivesse, em sono profundo” (Manu-Smṛti, 1.1.5).


 O Śatapatha Brāhmaṇa, também afirma que, na era primordial, a realidade existia de uma forma imanifesta (avyakta):


 taddhedaṃ tarhy avyākṛtam āsīt


 “Então, naquele momento, havia o imanifesto [avyakta]” (Śatapatha Brāhmaṇa, 14.4.2.15).


 Às vezes encontramos a palavra ¬asat traduzida como “o não-ser” e a palavra sat como “o ser”, mas, nesse contexto, essa tradução não se aplica, pois como poderia algo que “é” surgir de algo que “não é”. Este suposto “não ser” nirvânico não poderia ser um vazio estéril, mas sim um esvaziamento prenhe de potencialidade que possibilita a manifestação das ideias espirituais e a criação da realidade material. Por isso, escolhemos traduzir asat como “imanifesto”. Asat, então, seria a dimensão arquetípica espiritual imanifesta (avyakta) que reflete a sua sombra na manifestação material.


 Portanto, tudo já existia, em forma potencial, na atmosfera espiritual suprema que é descrita como o céu espiritual:


 asac ca sac ca parame vyoman


 “Ele, imanifesto (asat) e manifesto (sat), existe no céu supremo” (Ṛg-Veda, 10.6.7).


 Na ontologia vaiṣṇava, considera-se que o mundo material é um reflexo invertido do mundo espiritual. A Kaṭha Upaniṣad  e a Bhagavad-gītā indicam isso, quando ilustram a existência de uma árvore, uma figueira-de-bengala, que pode ser vista refletida em espelho de água, de uma forma invertida:


 ūrdhva-mūlam adhaḥ-śākham aśvatthaṁ prāhur avyayam


 “As raízes para cima, os ramos para baixo, se diz, é a árvore aśvattha imperecível”. Bhagavad-gītā 15.1; Kaṭha Upaniṣad 2.3.1)


 Segundo essa colocação, a tradição vaiṣṇava conclui que todos os sentimentos, todas as emoções encontradas no plano material, onde se definem as relações mutuas entre seres relativos, são reflexos das relações existentes desses mesmos seres relativos com a Divindade ou Ser absoluto, no plano espiritual.


 Esse plano espiritual, que é a morada de Bhagavan Śrī Kṛṣṇa, a Personalidade Suprema da Divindade, é descrito alegoricamente no Brahmā Saṁhitā:


 sahasra patra kamalaṁ gokulākhyaṁ mahat padam

 tat karṇikāraṁ tad dhāma tad anantāṁśa sambhavam


 “O mundo (dhāma) dEle [Kṛṣṇa] que recebe o nome de Gokula é a morada suprema. Ele é o centro (verticílo) de um lótus com mil pétalas e é mantido por uma porção (aṁśa) da energia espiritual [de Baladeva] chamada Ananta” (Brahmā Saṁhitā, 5.2).


 karṇikāraṁ mahad-yantraṁ ṣaṭ koṇaṁ vraja kīlakam

 ṣaḍ aṅga ṣaṭ padī sthānaṁ prakṛtyā puruṣeṇa ca


 “O verticilo desse lótus é um grande yantra (figura) hexagonal com uma base adamantina. As seis partes do mantra situam-se nas seis pétalas do yantra. Nesse yantra estão situados os aspectos predominado (a prakṛti situada no yantra) e predominante (o puruṣa situado no mantra) da Divindade” (Brahmā Saṁhitā, 5.3).


 premānanda mahānanda rasenāvasthitaṁ hi yat

 jyotī rūpeṇa manunā kāma bījena saṅgatam


 “Esse yantra produz uma variedade de rasas (experiências estéticas) de grande bem-aventurança que surgem do Amor Divino (prema). No yantra também situa-se o kāma-bīja, que é um mantra de natureza transcendental” (Brahmā Saṁhitā, 5.4).


 A natureza espiritual é inconcebível, pois, sendo não criada (aja), eterna (nitya) e imutável (avyaya), situa-se além das dimensões de tempo e espaço material, não sendo, portanto, objeto de estudos cosmogônicos.


 PREÂMBULOS DA CRIAÇÃO


 Para os videntes védicos, a origem e evolução do mundo material estão necessariamente associadas ao ato criativo da Deidade Suprema, o Senhor Nārāyaṇa ou Paramātman, que investe sua potência criativa em seu filho unigênito, o demiurgo Brahmā, que subsequentemente, utilizando o substrato cósmico primordial, o fixa e expande até sua magnitude presente.


 Dessa forma, compreende-se que o mundo material foi criado por uma Inteligência consciente original, que é a fonte de todas as energias, e não por leis naturais cegas ou por um conjunto de probabilidades baseadas na causalidade ou acaso.


 A matéria que constitui o universo material vem da vida, é conservada e não existe somente no tempo-espaço conhecido, mais também em um continuum coexistente conhecido por subtileza. A matéria grosseira pode ser percebida pelos sentidos grosseiros, enquanto que o mesmo não ocorre com a matéria sutil.


 Tomando o paradigma védico, aceitamos o mesmo como a abordagem científica para se compreender tanto as entidades cosmológicas como as individuais. Neste contexto, o sistema de metafísica Saṁkhya explica de forma elaborada os preliminares da criação.


 Os cosmologistas védicos exploram também o comportamento do Cosmo em sua evolução. Eles postulam que o presente estágio do Universo e de seus corpos, tais como o Sol, a Terra, a Lua e outros planetas, surgiu de um processo evolucionário contínuo. Em outras palavras, eles acreditam que o Universo teve um “início”, está se expandindo e chegará a um fim, quando romper os limite de sua expansão. Então, podemos dizer que este postulado e a primeira versão do conceito do “Universo em expansão”.


 REFERÊNCIAS


 (1)https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/teoria-big-bang.htm


 (2)https://pt.wikipedia.org/wiki/Universo_oscilante


 (3)https://www.portalsaofrancisco.com.br/fisica/modelo-ciclico


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Sanatana-dharma

 SANATANA-DHARMA





"Todos os seres vivos deste mundo, sem exceção, são nossos parentes, incluindo pássaros, animais e plantas.  Qualquer que seja o ser vivo, se for dotado de consciência, então isso o liga inextricavelmente ao nosso Senhor Supremo.  Devemos tentar libertar todos os nossos entes queridos do feitiço da ilusão e guiá-los para casa, de volta ao Supremo.  Por enquanto, não mostraremos a eles uma compreensão sincera, porque isso apenas enredará mais as almas caídas nas redes da ilusão.  Mas mesmo que, sob o feitiço da ilusão, eles inundem toda a Terra e os mundos celestiais com seus protestos ruidosos nos incitando a desistir de nossos esforços, nunca deixaremos de levar esta mensagem de amrita para eles.

 

 Mesmo que isso seja contrário ao modo de pensar de pessoas religiosas ou de mentalidade religiosa (de acordo com a compreensão deste mundo), ou se lhes pareça algo estranho e surpreendente, ainda assim não deixaremos de praticar e pregar este caminho espiritual, sanatana -dharma, criado por Deus, desconhecido dos sábios, deuses, celestiais e pessoas;  aquele dharma secreto, sagrado e difícil de entender, o único que pode nos ajudar a alcançar amrita, que é o dever supremo de todas as jivas, que todas as jivas, sem exceção, podem seguir e que todo ser vivo neste universo pode herdar.  Este dharma é tanto o objetivo quanto o método de nossos esforços."


 Do artigo “The Gaudiya Math, Its Message and Activities” no The Harmonist, editado por Srila Bhaktisiddhanta Saraswati Thakura nas décadas de 1920 e 1930  (da primeira edição do volume XXV, junho de 1927). 

Hare Krishna 🙏🏻🌷🙏🏿

Quem é Tulasi Devi? As Glórias de Tulasi Devi segundo os Vedas


AS GLÓRIAS DE TULASI DEVI

 
Tulasi Devi no vaso verde em primeiro plano. As Proteas atrás são flores sul africanas de um vaso que estava atrás quando ela chegou.



























O Senhor Shiva disse:  "Meu querido Narada Muni, por favor, ouça com muita atenção, pois agora eu relatarei as maravilhosas glórias de Tulasi Devi. 

Quem ouve as glórias de Tulasi Devi, elimina todas as suas reações pecaminosas acumuladas durante muitos nascimentos e mui rapidamente alcança os pés‑de‑lotus de Sri Radha Krishna. 

As folhas, flores, raizes, casca, galhos, tronco e a sombra de Tulasi Devi são todos espirituais”.

 “Alguém cujo corpo morto é queimado numa fogueira, alimentada com madeira de Tulasi, alcançará o mundo espiritual, mesmo que seja o pior entre os pecadores, e quem acender esta fogueira, será libertado de todas suas reações pecaminosas. 

Quem, na hora da morte cantar, pronunciar, falar, o nome do Senhor Krishna, e estiver­ tocando na madeira de Tulasi Devi, alcançará o mundo espiritual”. 

 “Quando o corpo morto de alguma pessoa está sendo queimado, mesmo que se coloque apenas um pequeno pedaço de madeira de Tulasi neste fogo, então esta pessoa alcançará o mundo espiritual; pelo simples toque de Tulasi todas as outras madeiras se purificam.

Quando os mensageiros do Senhor Vishhu vêem um fogo, no qual há madeira de Tulasi queimando, imediatamente eles chegam e levam essa pessoa, cujo corpo foi incinerado para o mundo espiritual. 

Os mensageiros de Yamaraja (da morte) não virão a esse lugar, onde a madeira de Tulasi estiver na fogueira ou pira funerária que queima o corpo da pessoa, e esta pessoa vai para o mundo espiritual e a caminho, todos semideuses derramam flores nela; quando o Senhor Vishnu e a Senhor Shiva vêem tal pessoa a caminho do mundo espiritual, ficam muito felizes e a abençoam, e o Senhor Krishna aparece diante dela, tomando‑a pela mão, leva‑a para Sua própria morada”. 

“Quem por ventura vai a um local, ande se queimou madeira de Tulasi, se tornará purificado de todas reações pecaminosas. ­O brahmana, que estiver realizando sacrifício de fogo e colocar entre as outras madeiras, madeira de Tulasi, obterá os resultados de um agni-hotra yajna para cada grão oferecido naquele fogo”. 

“Quem oferece ao Senhor Krishna incenso, feito de madeira de Tulasi, obterá o resultado de cem sacrifícios de fogo e de dar cem vacas em caridade”. 

“Quem cozinha uma oferenda para o Senhor Krishna num fogo, que contiver madeira de Tulasi, obterá o mesmo benefício de quem oferece em caridade uma colina de grãos do tamanho do Monte Meru, para cada grão daquela oferenda ao Senhor Krishna”. 

“Quem acende uma lamparina a ser oferecida ao Senhor Krishna com pedaço de madeira de Tulasi, alcançará o mesmo benefício que alguém que oferece dez milhões de lamparinas ao Senhor Krishna. Não há ninguém mais querido ao Senhor Krishna do que tal pessoa”. 




“Quem aplica a pasta da madeira de Tulasi na Deidade do Senhor Krishna com devoção, sempre viverá próximo ao Senhor Krishna”. 

“Qualquer pessoa que passe a terra que fica ao redor de Tulasi Devi em seu corpo e adore a Deidade do Senhor Krishna, recebe os resultados de cem dias de adoração”.

“Quem oferece um manjari de Tulasi (flores) ao Senhor Krishna recebe o benefício de oferecer todas variedades de flores, após o que irá à morada do Senhor Krishna”. 

“Quem vê ou chega perto da casa ou jardim onde existe uma planta Tulasi, se livra de todas as reações pecaminosas passadas, incluindo aquela por assassinar um brahmana".

“0 Senhor Krishna certamente reside na casa, vila, ou floresta, onde Tulasi Devi está presente”. 

“A casa onde Tulasi Devi está presente, nunca passa por penúria e devido a presença de Tulasi Devi, este local se torna mais puro do que todos locais sagrados”. 

“Quem plantar Tulasi próximo ao templo do Senhor Krishna, alcançará a morada de Krishna”. 

“Onde quer que o aroma de Tulasi Devi seja levado pelo vento, purifica a todo mundo que entrar em contato direto com ele”. 

“Na casa em que a terra de Tulasi Devi é mantida, todos semideuses junto com o Senhor Krishna sempre residirão. Onde quer que a sombra de Tulasi Devi recaia, o local fica purificado e é o melhor local para se oferecer sacrifícios de fogo”. 

NOTA- Só se deve usar madeira de Tulasi depois que Tulasi Devi secou por completo naturalmente; nunca se deve fazer uso da madeira de Tulasi que não esteja completamente seca, machucando Tulasi. 




MAIS GLORIFICAÇÕES A TULASI DEVI SRISTIKHAND 


Kartikeya perguntou: "Meu querido pai (Senhor Shiva), que arvore ou planta é capaz de proporcionar amor por Deus?"

O Senhor Shiva respondeu: "Meu querido filho, de todas as arvores e plantas, Tulasi Devi é a melhor; Ela é toda auspiciosa, a realizadora de todos desejos, completamente pura, a mais querida do Senhor Krishna, e a melhor das devotas."

“Há muito tempo atrás, o Senhor Krishna, para o benefício de todas as almas condicionadas, trouxe Vrindadevi em Sua forma de planta (Tulasi) e a plantou neste mundo material. Tulasi é a essência de todas as atividades devocionais. Sem folhas de Tulasi, o Senhor Krishna não aceita flores; alimentos; pasta de sândalo, de fato, qualquer coisa sem folhas de Tulasi não é bem vista pelo Senhor Krishna”. 




“Quem adora o Senhor Krishna diariamente com folhas de Tulasi obtém os resultados de todo tipo de austeridade, caridade e sacrifício de fogo. De fato, esta pessoa não tem outro dever a realizar e já realizou a essência de todas as escrituras”. 

“Assim como o rio Ganges purifica todos que nele se banham, assim mesmo Tulasi Devi purifica os três mundos. Não é possível descrever todo o benefício de oferecer manjares de Tulasi (flores) ao Senhor Krishna. O Senhor Krishna junto com todos semideuses, vive onde quer que haja Tulasi Devi. Por essa razão deve‑se plantar Tulasi Devi no lar e oferecer adoração diariamente. Quem se senta perto de Tulasi Devi e canta ou recita orações obterá os resultados muito mais rápido”. 

“Todas formas de fantasmas e demônios correm do lugar ande Tulasi Devi estiver plantada; e todos tipos de reações pecaminosas são destruídas quando se chega perto de Tulasi Devi. Quem fizer um jardim de Tulasi obtém os resultados de ter feito todos os tipos de caridades e de ter executado cem sacrifícios de fogo”. 

“Quem puser na boca ou sobre a cabeça as folhas de Tulasi, depois de terem sido oferecidas ao Senhor Krishna, alcança a morada do Senhor Krishna. Na Kali‑yuga, quem adora, faz kirtan, lembra, planta ou mantém Tulasi, queima todos suas reações pecaminosas e alcança a morada do Senhor Krishna muito rapidamente”. 

“Quem prega as glórias de Tulasi Devi e também pratica o que prega, se torna muito querido do Senhor Krishna. Quem adora Tulasi Devi já satisfez seu guru, os brahmanas, semideuses, e visitou todos lugares sagrados. Quem oferece uma folha de Tulasi ao Senhor Krishna se tornará um Vaisnava muito em breve. 
Qual a necessidade de se entender todas escrituras se para aquele que ofereceu a madeira ou as folhas de Tulasi Devi ao Senhor Krishna, tal pessoa nunca vai precisar provar do leite do seio de uma mãe novamente (ou seja nunca mais precisará renascer)?
Quem tiver adorado o Senhor Krishna com as folhas de Tulasi Devi já libertou todos seus antepassados deste reino de nascimento e morte”. 

“Meu querido Kartikeya, contei‑lhe muitas das glórias de Tulasi Devi. Se fosse descrever Suas glórias pela eternidade, ainda assim não conseguiria chegar ao final delas. Quem lembrar ou cantar a outro estas glorificações de Tulasi Devi nunca tomará nascimento novamente”. 


SRI TULASI‑STAVA SRISTIKHAND 

Um certo Brahmana disse: 
"Srila Vyasadeva, já o ouvimos falar das glórias das folhas e flores de Tulasi Devi. Agora gostaríamos de ouvir o Tulasi-stava (Oração)". 

 Srila Vyasadeva respondeu: "Anteriormente, um discípulo de Shatanand Muni aproximou‑se dele reverencialmente de mãos postas e indagou sobre a Tulasi-stava. 
O discípulo disse: " 'Ó maior de todos devotos do Senhor Krishna, por gentileza relate esse Tulasi-stava, que ouviste da boca do Senhor Brahma'."

Shatanand respondeu: "Basta tomar o nome de Tulasi Devi, que já agradamos ao Senhor Krishna e destruímos todas reações pecaminosas. Quem apenas ver Tulasi Devi recebe o beneficio de dar milhões de vacas em caridade e quando esta pessoa oferece adoração e orações a Tulasi Devi, então ela se torna digna de adoração nesta era de Kali‑yuga. Na Kali-yuga a pessoa que plantar uma árvore de Tulasi para o prazer do Senhor Krishna, mesmo se os mensageiros de Yamaraja estiverem irados com ela, não poderão lhe fazer nada, e ela não necessitará temer a morte personificada."


ASTA‑NAMA‑STAVA 

Os oito nomes de Tulasi Devi:

Vrindavani, Vrinda, Visvapujita, Pushpasara, Nandini, Krishna‑jivani, Visva‑pavani, Tulasi. 




VRINDAVANA - Aquela que primeiro se manifestou em Vrindavan. 

VRINDA – A deusa de todas plantas e árvores (apenas uma planta de Tulasi numa floresta, esta pode ser chamada de Vrindavan). 

VISVAPUJITA - Aquela que todo o universo adora. 

PUSHPASARA - A melhor de todas as flores,sem aqual Krishna nem olha as outras flores. 

NANDINI - Aquela que ao ser vista concede ilimitado êxtase aos devotos. 

KRISHNA‑JIVANI - A vida de Krishna. 

VISVA‑PAVANI - Aquela que purifica os três mundos. 

TULASI - A incomparável”. 

 “Qualquer pessoa que ao adorar Tulasi Devi cantar estes oito nomes, obterá os mesmos resultados de realizar um Asvamedha yajna."

Hare Krishna! 🌷

Tulasi Devi ki jay!! 🙏🏻💚💚🙏🏿


Imagens de Tulasi Devi Pushpasara que chegou para o Ashram de Ananda Vardhana das e Rasalila devi dasi (Andrew e Rosana Freedman) em 03 de abril de 2022, Cidade do Cabo, África do Sul 🇿🇦, pelas mãos do devoto Tushta Gauranga das e pela misericórdia de Vrinda Devi e Guru Krishna. 🌷 Gratidão. 🙏🏻💚🙏🏿