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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Prabhupada conversa com Cardeal Daniélou - O porquê de nao comer carne




Uma Entrevista com Srila Prabhupada(da obra A Ciência da Autorrealização)

Não Matarás ou Não Assassinarás?

Srila Prabhupada: Jesus Cristo disse: “Não matarás”. Por que é, então, que o povo cristão está matando animais?
Cardeal Daniélou: Sem dúvida, no cristianismo, é proibido matar, mas acreditamos que há diferença entre a vida de um ser humano e a vida das bestas. A vida de um ser humano é sagrada porque o homem é feito à imagem de Deus, daí matar um ser humano ser proibido.
Srila Prabhupada: Mas a Bíblia não diz apenas: “Não mate o ser humano”, senão que diz de modo abrangente: “Não matarás”.
Cardeal Daniélou: Acreditamos que apenas o ser humano é sagrado.
Srila Prabhupada: Esta é uma interpretação sua. O manda­mento é:“Não matarás”.
Cardeal Daniélou: É necessário que o homem mate animais para ter o que comer.
Srila Prabhupada: Não. O homem pode comer cereais, legumes, frutas e leite.
Cardeal Daniélou: Nenhuma carne?
Srila Prabhupada: Não. Os seres humanos destinam-se a comer alimento vegetariano. O tigre não vem comer suas frutas. Seu alimento prescrito é a carne animal, mas o alimento do homem são os legumes, as frutas, os cereais e os produtos lácteos. Como, então, o senhor pode dizer que matar animais não é pecado?
Cardeal Daniélou: Acreditamos que isso é uma questão de motivação. Se o animal é morto para dar de comer aos famintos, isso se justifica.
Srila Prabhupada: Mas considere a vaca: nós bebemos o seu leite; por isso, ela é nossa mãe. O senhor concorda?
Lord Krishna is Known as Govinda
Cardeal Daniélou: Sim, certamente.
Srila Prabhupada: Então, se a vaca é sua mãe, como o senhor pode deixar que a matem? O senhor tira o leite dela e, quando ela está velha e não dá mais leite, o senhor corta-lhe a garganta. Acaso isto é humano? Na Índia, aqueles que comem carne são aconselha­dos a matar animais inferiores, tais como as cabras, os porcos ou mesmo o búfalo. Matar vacas, no entanto, é o maior dos pecados. Ao pregar a consciência de Krsna, nós pedimos às pessoas que não comam nenhum tipo de carne, e meus discípulos seguem este princípio estritamente. Contudo, se, sob certas circunstâncias, os outros são obrigados a comer carne, eles devem comer a carne de algum animal inferior. Não matem vacas. Este é o maior dos pecados. E, enquanto o homem for pecaminoso, ele não poderá entender Deus. A principal missão do ser humano é entender Deus e amá-lO, mas, se o senhor continuar pecando, não será capaz de entender Deus – isto para não falar de amá-lO.
Cardeal Daniélou: Creio que talvez este não seja um ponto essencial. O importante é amar a Deus. Os mandamentos práticos podem variar de uma religião para outra.
Srila Prabhupada: Então, na Bíblia, o mandamento prático de Deus é que o senhor não pode matar; portanto, matar vacas é um pecado para o senhor.
Cardeal Daniélou: Deus diz aos indianos que matar não é bom, e diz aos judeus que…
Srila Prabhupada: Não, não. Jesus Cristo ensinou: “Não matarás”. Por que o senhor interpreta isso de modo a ajustar à sua própria conveniência?
Cardeal Daniélou: Mas Jesus permitiu o sacrifício do Cordeiro Pascal.
Srila Prabhupada: Mas ele jamais manteve um matadouro.
Cardeal Daniélou: (risos) Não, mas ele comeu carne.
Srila Prabhupada: Quando não há alimento, alguém pode comer carne para não morrer de fome. Isso é outra coisa. Contudo, é muito pecaminoso regularmente manter matadouros apenas para a satisfação da língua. Na verdade, vocês nunca terão nem mesmo uma sociedade humana até que se suspenda este costume cruel de manter matadouros. E, embora a matança de animais às vezes seja necessária para a sobrevivência, pelo menos o animal-mãe, a vaca, não deve ser morto. Isto é apenas uma questão de decoro humano. No movimento da consciência de Krsna, nosso costume é que não permitimos a morte de nenhum animal. Krsna diz, patram puspam phalam toyam yo me bhaktya prayacchati: “Legumes, frutas, leite e cereais devem ser oferecidos a Mim com devoção”. (Bhagavad-gita 9.26) Comemos apenas os restos do alimento de Krsna (prasada).As árvores oferecem-nos muitas variedades de frutas, mas as árvores não são mortas. Evidentemente, uma entidade viva é alimento para outra entidade viva, mas isto não significa que o senhor pode matar sua mãe para se alimentar. As vacas são inocentes; elas nos dão o leite. O senhor tira-lhes o leite, e depois as mata no matadouro. Isto é pecaminoso.
Estudante: Srila Prabhupada, a sanção do cristianismo em relação ao consumo de carne baseia-se no ponto de vista de que as espécies inferiores de vida não têm uma alma como a dos seres humanos.
Srila Prabhupada: Isso é tolice. Antes de tudo, precisa­mos entender a evidência da presença da alma dentro do corpo, daí então poderemos investigar se o ser humano tem uma alma e a vaca não. Quais são as características que diferenciam a vaca do homem? Se encontrarmos uma diferença nas características, pode­remos dizer que, no animal, não existe alma. Se vemos, no entanto, que o animal e o ser humano têm as mesmas características, como, então, vocês podem dizer que o animal não tem alma? Os sintomas gerais são que o animal come, vocês comem; o animal dorme, vocês dormem; o animal reproduz, vocês reproduzem; o animal se defende e vocês se defendem. Onde está a diferença?
Cardeal Daniélou: Admitimos que, no animal, pode haver o mesmo tipo de existência biológica que no homem, mas não existe alma. Cremos que a alma é uma alma humana.
Srila Prabhupada: Nosso Bhagavad-gita diz sarva-yonisu:“Em todas as espécies de vida, existe a alma”. O corpo é como um conjunto de roupas. O senhor está usando vestes negras, e eu estou usando vestes açafroadas, mas, por detrás das vestes, o senhor é um ser humano, e eu também sou um ser humano. De modo semelhante, os corpos das diferentes espécies são assim como diferentes tipos de roupas. Há 8.400.000 espécies, ou roupas, mas, dentro de cada uma delas, há uma alma espiritual, uma parte integrante de Deus. Suponhamos que um homem tenha dois filhos, não igualmente meritórios. Pode ser que um seja juiz da Suprema Corte e o outro seja um operário comum, mas o pai considera ambos como filhos. Ele não faz a distinção de que o filho que é juiz é muito importante, e o filho operário não é importante. E se o filho juiz disser: “Meu caro pai, seu outro filho é inútil; vou decapitá-lo e comê-lo”, acaso o pai permitirá isso?
Cardeal Daniélou: Certamente não, mas a ideia de que toda vida faz parte da vida de Deus é difícil para nós aceitarmos. Há uma grande diferença entre vida humana e vida animal.
Srila Prabhupada: Essa diferença deve-se ao desenvolvimento da consciência. No corpo humano, há consciência desenvolvida. Mesmo uma árvore tem alma, mas a consciência da árvore não é muito desenvolvida. Se o senhor corta uma árvore, ela não resiste. Na verdade, ela resiste, mas apenas até certo ponto. Há um cientista chamado Jagadish Chandra Bose que fez uma máquina a qual mostra que as árvores e as plantas são capazes de sentir dor quando cortadas. E podemos ver diretamente que, quando alguém vai matar um animal, este resiste, chora e emite um som horrível. Deste modo, trata-se de uma questão de desenvolvimento de consciência. A alma, no entanto, existe dentro de todos os seres vivos.
Cardeal Daniélou: Porém, metafisicamente, a vida do homem é sagrada. Os seres humanos pensam em um nível superior ao dos animais.
Srila Prabhupada: Que nível superior é esse? O animal come para manter seu corpo, e o senhor também come a fim de manter seu corpo. A vaca come capim no campo, e o ser humano come carne de um enorme matadouro cheio de máquinas modernas. Entretanto, apenas porque o senhor tem grandes máquinas e uma cena horripilante, enquanto o animal simplesmente come capim, isso não significa que o senhor é tão avançado que somente dentro de seu corpo existe uma alma e que não há alma dentro do corpo do animal. Isto é ilógico. Podemos ver que as características básicas são as mesmas no animal e no ser humano.
Cardeal Daniélou: Mas somente nos seres humanos encontramos uma busca metafísica do sentido da vida.
Srila Prabhupada: Sim. Então, investigue metafisicamente por que o senhor crê que não existe alma dentro do animal – isto é metafísica. Se o senhor está pensando metafisicamente, não há problema, mas, se o senhor está pensando como um animal, para que serve o seu estudo metafísico? “Metafísico”significa “acima do físico” ou, em outras palavras, “espiritual”. No Bhagavad-gita,Krsna diz, sarva-yonisu kaunteya:“Em todos os seres vivos, existe uma alma espiritual”. Isto é entendimento metafísico. Agora, ou o senhor aceita os ensinamentos de Krsna como metafísicos ou terá de se valer da opinião de um tolo de terceira classe considerando-a metafísica. Qual o senhor aceita?
Cardeal Daniélou: Mas por que Deus cria alguns animais que comem outros animais? Parece haver um defeito na criação.
Srila Prabhupada: Não há defeito algum. Deus é muito bondoso. Se o senhor quer comer animais, então Ele lhe dará toda a facilidade. Deus lhe dará o corpo de um tigre em sua próxima vida para que o senhor possa comer carne à vontade. “Por que vocês estão mantendo matadouros? Vou lhes dar presas e patas. Agora comam”.

Assim, os comedores de carne têm reservado para si este castigo. Os comedores de animais tornam-se tigres, gatos e cães em sua próxima vida – para terem mais facilidade.
Leia também: Jesus Cristo e KrishnaO Vegetarianismo e o Movimento Hare Krsna.

Fonte: "The Science of Self-realization" - Swami Prabhupada 
Site: "Volta ao Supremo"

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

ESPIRITUALIDADE E VEGETARIANISMO

            ESPIRITUALIDADE E VEGETARIANISMO
              Por Rosana Ap. Rodrigues ( Rasalila devi dasi )

     Há muitas variedades de "religiões" e muitas escrituras consideradas sagradas.  E assim como um assunto é entendido de modo diferente por vários tipos de pessoas, Deus é um só, mas percebido e adorado de modo diferente por vários tipos de religiosos.
 
   Com o passar do tempo, muitas religiões vão se distanciando da tradicionalidade original em que foram fundadas, mas nem por isso ficaram completamente afetadas.
 
   Felizmente, algumas religiões consideram o vegetarianismo como uma prática necessária para a vida espiritual. Porém, existem verdades sobre o vegetarianismo que, à luz de algumas descobertas, põem em xeque a religiosidade convencional vigente de várias religiões institucionais.  Pelo fato de tais descobertas afetarem a fé dos religiosos convencionais, e apesar dos esforços dos incomodados, interessados em ocultar essas descobertas, o vegetarianismo ainda fica reservado a uma minoria de espiritualistas.  Uma dessas descobertas, por exemplo, é a de que Jesus Cristo era vegetariano.  Tal descoberta foi feita pelo Reverendo Ouseley em 1850 com o achado de um manuscrito em aramaico: "O Evangelho dos Doze Santos".  Em 1925, o Dr. Edmond Bordeaux Szekely encontrou um manuscrito nos arquivos secretos do Vaticano chamado "O Evangelho Essênio da Paz" que confirma o vegetarianismo de Jesus. A Escrituras relatam que Jesus não comeu do cordeiro na última ceia, anterior à Paixão, na casa de José de Arimatéia.
 
   É muito triste que uma pessoa religiosa ou espiritualista, com a consciência da compaixão e dignidade espiritual, possa viver participando da desnecessária exploração animal através da alimentação, do vestuário, do uso de produtos testados em animais etc. Coloco estas questões, porque, ao levantar várias reflexões, tenho a esperança de mostrar, entre elas, informações proveitosas para a prática do "veganismo"  nas religiões ( Nota : "Vegan" = "Vegetarianos Coerentes", considerados radicais que, p.ex., não usufruem de cinemas pois as películas dos filmes são feitas de gelatina animal ).
 
   A atualização de diversos assuntos úteis faz-se necessária para que os espiritualistas vegetarianos não estacionem no tempo com relação aos princípios da misericórdia e compaixão para com os animais, sendo assim, é preciso haver uma análise profunda dos ensinamentos seguidos, ao invés de ficar simplesmente repetindo-os verbalmente sem nenhuma atualização. Um vegetariano não pode deixar de assumir uma postura resistente frente à proliferação de vários maus hábitos condicionantes. Sem termos tidos outros conhecimentos por falta de atualização, somos levados a acreditar nas idéias convencionais aceitando o que já foi estabelecido como se fosse uma verdade inquestionável. 

   O vegetarianismo não tem uma tradição na cultura moderna ocidental, mas o bom exemplo de um vegetariano pode servir de modelo para mostrar a importância da compaixão sob um ponto de vista espiritual.  Nesse contexto, o vegetariano que, aos poucos, consegue superar os seus condicionamentos de desfrute e se desfaz de apegos em prol da bondade por seres que não podem falar por si mesmos (os animais), gradualmente, vai conseguindo uma experiência pessoal no assunto para não participar da exploração desnecessária dos bichos. 
 
   Nas citações abaixo, colocarei entre aspas várias instruções de escrituras sagradas e sábios religiosos em prol da proteção aos animais.  Ei-los:
 
   " Deus disse : ' Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a a terra, e em que haja sôpro de vida, eu dou toda a erva verde por alimento. '  "
Gênesis Capítulo 1, Versículos 29 a  30.

   "Devem-se tratar os animais, tais como veados, camelos, asnos, macacos, ratos, serpentes, pássaros e moscas, exatamente como os próprios filhos. Quão pouca é a diferença que realmente existe entre as crianças e esses animais inocentes."
     Narada Muni (Srimad-Bhagavatam, Canto 7, cap. 14, verso 9).
 
   "Alimento que é saudável, puro e obtido sem dificuldade está no modo da bondade, alimento que dá prazer imediato aos sentidos está no modo da paixão, e alimento que é impuro e causa sofrimento está no modo da ignorância."
     Krishna (Srimad-Bhagavatam, Canto 11, cap. 25,verso 28).
 
   "A terra está sobrecarregada com o peso de comedores de carne, beberrões de vinho, estúpidos e teimosos, que são feras na forma de homens."
     Kautilya (Niti-shastra, cap. 8, verso 22). 
 
   "Aquele que dá permissão, aquele que mata o animal, aquele que vende o animal abatido, aquele que cozinha o animal, aquele que administra a distribuição da carne, e por fim, aquele que come a carne, são todos assassinos e todos eles são passíveis de punição sob a lei do karma."
     Manu (Manu-sanhita, cap.5, verso 55).
 
     "Todos tremem diante da violência, todos temem a morte. Colocando-nos no lugar do outro, não devemos matar ou fazer com que outro mate.
     Buda (Dhammapada 130).
 
   "Aquele que renunciou a toda violência contra todos seres vivos, fracos ou fortes, e que não mata nem faz com que outros matem – esse. Eu chamo de homem santo.
     Buda (Dhammapada 405).
 
   "Deus concede os grãos e os frutos da terra para alimento e, para o homem verdadeiramente íntegro não há outro sustento para o corpo que seja lícito.
     Jesus Cristo (O Evangelho dos Doze Santos)
 
   "E a carne de animais mortos em seu corpo transformar-se-á em seu próprio túmulo. Pois, em verdade vos digo, quem mata, mata-se a si e quem come a carne de animais mortos come o corpo da morte.
     Jesus Cristo (O Evangelho Essênio da Paz).
 
 
   "Mais vale um prato de verdura com amor, do que um boi cevado com ódio.
     Provérbios, cap. 15, versículo 17
   
   "Mas o que sacrifica um boi é como o que mata um homem."
     Isaías, cap. 66, versículo 3
 
   "A Deus pertence indicar o caminho certo, do qual tantos se afastam. E se quisesse, a todos guiaria. (...) É ele quem envia do céu a água que aplaca vossa sede e faz crescer as plantas que alimentam vossos rebanhos. (...) Com ela, dá nascimento aos cereais e às oliveiras e às tamareiras e às parreiras e a toda espécie de árvores frutíferas. Há nisso um sinal para os que refletem.
     Maomé (Alcorão, surata 16, versos 9, 10 e 11).

   "Os judeus irão voltar-se mais e mais para o vegetarianismo devido ao próprio conhecimento cada vez mais profundo do que a tradição deles comanda... A natureza carnívora do homem não é confirmada ou louvada nos ensinamentos fundamentais do judaísmo... Toda uma galáxia de líderes centrais rabínicos e espirituais... tem afirmado o vegetarianismo como o significado definitivo do ensinamento moral judaico.
     Rabi Issac há-Levi Herzoc
 
   "Parece que a primeira intenção do Criador era que os homens vivessem de uma dieta estritamente vegetariana. Os períodos mais antigos da história judaica foram marcados pela conduta humanitária para com o reino animal... Portanto, fica claramente determinado que os antigos hebreus sabiam e talvez foram os primeiros dentre os homens a saber, que um animal sente e sofre dor.
   Rabino Simon Glazer
 
   "Não existe diferença entre a preocupação de uma mãe humana e uma mãe animal por sua prole. O amor de uma mãe não deriva do intelecto, mas das emoções, tanto nos animais como nos seres humanos.
     Rabino Moses Bem Maimon
 
   "Somos todos criaturas de Deus – continuarmos orando a Deus por misericórdia e justiça enquanto continuamos a comera carne dos animais que são abatidos por nossa causa não é coerente.
     Issac Bashevis Singer
 
   "... Quão indignamente empurrais o exemplo do Cristo, como tendo vindo a comer e beber a serviço de vossas luxúrias. Penso que Ele, que pronunciou os “Abençoados" não de barriga cheia, mas sim faminto e sedento, e que professava que seu trabalho era o cumprimento da Vontade de seu Pai, penso que Ele certamente Se abstinha, e os instruía a esforçarem-se por aquela"Carne" que perdura até a vida eterna, e desfrutar no pedido de suas preces em comum, não do alimento carne, mas sim apenas do pão..."
     Tertuliano
 
   "O vapor da carne obscurece a luz do espírito... Dificilmente se pode ter virtude quando se desfruta de refeições e festas com carne..."
     São Basílio

   "Se tiverdes homens que irão excluir quaisquer das criaturas de Deus do refúgio da compaixão e piedade, tereis homens que irão lidar semelhantemente com seus seres humanos companheiros.
     São Francisco de Assis
 
   "Animais são criaturas, não propriedade humana, nem utensílios, nem recursos ou bens, mas sim preciosos seres na visão de Deus... Cristãos cujos olhos estão fixos no horror da crucificação estão numa posição especial para compreenderem o horror do sofrimento inocente. A Cruz de Cristo é a absoluta identificação de Deus com os fracos, os sem poder e os vulneráveis, porém, mais que tudo, com os sofrimentos desprotegidos, indefesos, inocentes.
     Reverendo Andrew Linzey
 
   "Animais são, mais do que tudo, um teste para o nosso caráter, um teste da capacidade de empatia e de uma conduta decente, honrosa e de fidelidade de papel ao de guardião. Nós somos chamados a tratá-los com gentileza, não porque eles teriam direitos ou poder ou alguma alegação de igualdade, mas de certa forma porque eles não tem isso: porque eles são desiguais e fracos perante nós.
     Matthew Scully
 
   "O ato de comer carne era desconhecido até o grande dilúvio, mas desde então passaram a colocar os mal cheiros ossumos da carne dos animais em nossas bocas, assim como o lançaram entre o queixoso e sensual povo do deserto. Jesus Cristo, que apareceu quando a hora havia chegado, novamente uniu o fim com o princípio, de modo que não nos é mais permitido comer a carne dos animais.
     São Jerônimo
 
   "Os sacrifícios foram inventados pelo homem como pretexto para comer carne.
     Clemente de Alexandria.