sábado, 29 de março de 2014

A VERDADE SOBRE O VENENO DO FLUOR e ÁGUA FLOURETADA- Artigo Completo


Água Fluoretada: aparentemente inocente, esta medida é um veneno para seu corpo!




          Amigos, resolvi escrever sobre um tema aparentemente simples e que por este motivo entre outros, é tratado com descaso e não chega como informação nem a médicos ou dentistas e muito menos à população.

          Não sei se vocês já perceberam, mas toda água comprada nos mercados para nosso consumo no Brasil contém em sua embalagem o aviso: Fluoretada. Mas acredito que a maioria de vocês não sabem o porque deste aviso e tudo que envolve este “pequeno” detalhe…

          Adicionar Fluor nas águas é um fenômeno tipicamente norte-americano. Inicia lá nos tempos em que o asbesto (nt.: amianto, entre nós) era a base de nossas tubulações, o chumbo era acrescentado à gasolina, e o pesticida DDT era tido como “seguro e efetivo”. E de tal forma este veneno era “seguro” que os agentes sanitários nem tonteavam quando aplicavam em nossas crianças, sentadas em sala de aula ou nas mesas rústicas dos pic-nics escolares.  E um por um estes químicos foram sendo, progressivamente, banidos.Eu não vivi esta época, mas acredito que muitos que me acompanham sabem muito bem do que estou falando e do absurdo que era a prática destas medidas no passado, quantas pessoas foram prejudicadas.
          Só a fluoretação permanece incólume.
          E a questão da fluoretação torna-se muito simples de resolver do ponto de vista da ética, sendo completamente não-ética. Complicado, mas já vamos descomplicar, você acha que pessoas serem forçadas a tomar uma determinadamedicação sem terem tido a mínima chance de dar seu “consentimento consciente”, é algo cabível?

          Pois bem, vou ser prático para que vocês compreendam a profundidade do assunto. Todo mundo conhece o Fluor como elemento essencial à saúde dos dentes. Entretanto, a comunidade científica tanto de odontólogos, como de médicos e pesquisadores já demonstrou que existem outras substâncias que também desempenham com eficácia esta ação preventiva e tratativa nos dentes. E vocês podem estar pensando: “mas pra que, se o Fluor funciona e já está sendo utilizado com segurança?”

          Vou explicar a vocês o que acontece com este elemento.
          Nossa glândula tireóide é uma maestra do corpo e a secreção de seus hormônios é responsável por uma gama imensa de funções metabólicas fundamentais para a saúde. Acredito que todos relacionam diretamente a Tireóide à facilidade ou dificuldade de queimar as “gordurinhas” indesejadas. Mas isso é apenas uma das centenas de funções da tireóide e talvez de fato a mais visível. Um funcionamento insuficiente desta glândula pode engordar, provocar cansaço e sono excessivo, depressão, queda de cabelos, desânimo, fome aumentada, aumento de colesterol, unhas fracas e quebradiças, entre outros sinais e sintomas típicos e já bem conhecidos das pessoas em geral e relacionados à desaceleração do metabolismo.

          O que vocês não sabem é que a tireóide é absolutamente dependente da existência de Iodo em nossa dieta e em valores muito maiores do que se imagina e dos que aprendi na universidade (e médicos recém formados continuam aprendendo). Estudos e mais estudos confirmam que grande parte da populacão tem deficiência de iodo e isso repercute no aumento de problemas de tireóide além de outras muitas alterações que esta deficiência pode causar. Para vocês terem uma idéia, o nome do hormônio T3 por exemplo, é triIODOtironina (3 Iodos). (*no futuro também escreverei unicamente sobre iodo, tal é a importância deste nutriente).


Veja na Coluna 17
Veja na Coluna 17.
          O Iodo é um elemento que está no mesmo grupo da tabela periódica do Bromo, Cloro e Fluor, são portanto halogênios e aí é que está o problema. Todos estes possuem uma afinidade maior do que o Iodo para a glândula tireóide, dificultando portanto a sua absorção e consequentemente seu funcionamento. O bromo está nos seus pãezinhos de padaria, o Cloro em diversos locais, principalmente na água que tomamos banho e o Fluor, na água que bebemos além das pastas de dentes.

          O assunto é tão sério que quero que vocês saibam que antes do advento dos medicamentos PTU (Propylthiouracil) e Tapazole (Methimazole), o fluor era usado para o tratamento do HIPERtireoidismo, ou seja, servia para literalmente baixar a função da tireóide quando estava “muito acelerada”. Bom, acredito que já começaram a compreender então obviamente que todos vocês estão tomando um remédio todos os dias, a todo momento e que de fato está comprovado que este remédio está prejudicando a tireóide de vocês, certo? (para médicos e outros que possam duvidar aqui vai a referência de estudo científico: Galetti,P and Goyet,B. Effect of Fluorine in Thyroidal Iodine Metabolism in Hyperthyroidism. Journal of Clinical Endocrinology 18(1958):1102-1110)

          Mas vem cá, quem escolheu fazer uso disto? Qual a necessidade desta medida? Será então por isso que hoje tem tanta gente sofrendo com problemas de tireóide, dificuldade de perder peso e tudo mais?

          Posso lhes assegurar que isto pode não ser o único fator, mas está contribuindo sim ABSURDAMENTE para este problema de saúde pública.

          Bem amigos, vou listar objetivamente tudo de mais importante que circunda este tema e lhes dar então dicas ao final:

          A fluoretação é desnecessária porque:

          -  As crianças podem ter dentes perfeitamente sadios sem serem expostas ao flúor;
          -  Seus promotores (Centers of Disease Control/CDC-USA-Centros de Controle de Doenças/EUA – 2001) admitem que os benéficos são pela aplicação tópica e não sistêmica. Assim, introduzir flúor nas pastas de dente, como está hoje disponível em todo o planeta, é uma ação muito mais racional de aplicar flúor a um órgão específico (dentes) enquanto minimiza a exposição ao restante do organismo;
          -  A maioria dos povos na Europa ocidental rejeitou a fluoretação da água e alcançou igual, ou talvez maior, sucesso do que os norte-americanos no manejo dos problemas dentários;
          -  Se quantidades de flúor fossem necessárias para se ter dentes fortes poder-se-ia esperar encontrá-lo no leite materno, no entanto seu nível é de 0,01 ppm, ou seja, 100 vezes menor do que o presente no mesmo volume de água fluoretada;
          -  As crianças que são de comunidade sem fluoretação já recebem doses assim chamadas “ótimas”, originárias de outras fontes (referência do estudo: Heller et al, 1997). E, de fato, muitas são até superexpostas ao flúor.

          A fluoretação é ineficaz porque: 

          -  Os maiores pesquisadores dentais afirmam que os benefícios da fluoretação são pela aplicação tópica e não sistêmica (referência de estudo: Fejerskov, 1981; Carlos, 1983; CDC, 1999, 2001; Locker, 1999; Featherstone, 2000);
          -  Os pesquisadores dentais mais destacados afirmam também que a fluoretação é ineficaz para prevenir cáries e fissuras dentais e que representam 85% dos problemas de dentes apresentados por crianças (referência de estudo:JADA, 1984; Gray, 1987; White, 1993; Pinkham, 1999);
          -  Uma série de pesquisas demonstrou que os problemas dentais caem rápido, se não vertiginosamente, em países industrializados sem fluoretação do que naqueles que são flouretados (referência de estudo: Diesendorf, 1986; Colqhoun, 1994; World Health Organization, Online);
          -  A mais longa pesquisa conduzida nos USA, demonstrou que havia somente uma diminuta diferença nos problemas dentais entre crianças que viveram toda sua vida em comunidades com fluoretação comparadas com aquelas em que não havia. A diferença não teve significância clínica nem mostrou ser estatisticamente significativa (referência de estudo: Brunelle & Carlos, 1990);
          -  A pior situação de problemas dentais nos USA ocorre nas periferias de suas grandes cidades, e a vasta maioria delas recebeu fluoretação durante décadas;
          -  Quando a fluoretação foi suspensa na Finlândia, na antiga Alemanha Oriental, Cuba e Canadá, os problemas dentais não cresceram, mas diminuíram (referência de estudo: Maupome et al, 2001; Kunzel e Fischer, 1997; Kunzel et al, 2000; Seppa et al, 2000).

          A fluoretação é insegura porque:

          -  Ele se acumula em nossos ossos e torna-os quebradiços e predispostos à fraturas. O peso das evidências, vindas de pesquisas com animais, estudos clínicos e epidemiológicos sobre este tema, é gigantesco. O tempo de vida de exposição ao flúor contribuirá para maiores níveis de fraturas ósseas na maturidade;
          -  Acumula-se em nossa glândula pineal, possivelmente diminuindo a produção de melatonina, importantíssimo hormônio regulador de nossas funções orgânicas e do sono;
          -  Agride o esmalte dos dentes (fluorose dental) das crianças, em altos percentuais. Entre 30 e 50% das crianças têm fluorose dental, em pelo menos dois dentes, em comunidades com ótimo serviço de fluoretação;
          -  Há uma séria preocupação, ainda não comprovada, de uma possível conexão entre a fluoretação e a osteosarcoma em homens jovens (referência de estudo: Cohen, 1992) assim como com as epidemias atuais de artrite e hipotireoidismo;
          -  Em pesquisas com animais, o emprego de flúor a 01 ppm em água potável aumenta o direcionamento de alumínio para o interior do cérebro (referência de estudo: Varner et al, 1998);
          -  Países que empregam de 03 ppm ou mais de flúor no fornecimento de água apresentam maiores níveis de infertilidade (referência de estudo: Freni, 1994);
          -  Em estudos humanos, os agentes da fluoretação mais comumente utilizados nos USA, não só incrementam a presença do chumbo no sangue das crianças (referência de estudos: Masters e Coplan, 1999, 2000) como também estão associados ao aumento de seu comportamento violento;


          -  A margem de segurança entre o assim chamado benefício terapêutico na redução dos problemas dentais e muitos destes últimos pontos é ainda não existente ou muito baixa tendo como parâmetro a precaução.

          A fluoretação é injusta porque: 

          -  O fornecimento atinge todas as residências, mas é a população mais pobre a que não tem meios para evitá-la, caso quisessem, porque não tem recursos para adquirir água de fontes minerais ou dispor de capital para instalar algum caro equipamento para removê-la;
          -  Os pobres são mais suscetíveis de sofrer desnutrição, reconhecidamente uma realidade que torna as crianças mais vulneráveis aos efeitos tóxicos do flúor (Massler e Schour, 1952; Marier e Rose, 1977; ATSDR, 1993; Teotia e al, 1998);
          -  Muito raramente, se é que isto ocorre, os governos se oferecem para apoiar aqueles que não dispõem de nenhum recurso financeiro para tratarem de fluoroses tão severas que exigiriam um dispendioso tratamento.

          A fluoretação é ineficiente e com custo não efetivo porque:

          -  Somente uma pequena parte da água fluoretada alcança seus objetivos. A maior parcela termina sendo utilizada para limpeza de pratos e talheres, para a descarga dos vasos sanitários ou para irrigar gramados e jardins;
          -  Seria totalmente proibitivo, em termos de custos, a utilização do produto graduado farmaceuticamente, o fluoreto de sódio (a substância que foi empregado para testes), como agente para fluoretação no fornecimento público de água encanada. A fluoretação da água é artificialmente barata. Isto porque, e a maioria da população desconhece, o agente empregado para a fluoretação é um resíduo, impuro e perigoso, originário da indústria de fertilizantes ao produzir o adubo fosfato;
          -  Se foi considerado apropriado ingerirmos flúor (ainda que seu maior benefício seja de forma tópica e não sistêmica), uma forma mais segura e de custo efetivo seria providenciar água fluoretada, engarrafada e disponível, gratuitamente, nas prateleiras dos supermercados.  Esta solução possibilitaria controlar tanto a qualidade como a dose. Além do mais, não poria “goela abaixo” daqueles que não querem consumi-la.
         
 A fluoretação é promovida de forma anti-científica porque:

          -  Em 1950, o Serviço de Saúde Pública dos USA endossou entusiasticamente a fluoretação antes mesmo de que uma simples experimentação tivesse sido completada;
          –  Ainda que se tenha muito mais fontes de flúor hoje do que se dispunha em 1945, a assim chamada “ótima concentração” de 01 ppm permaneceu inalterada;
          -  O Serviço de Saúde Pública dos USA nunca se sentiu obrigado a monitorar os níveis de flúor em nossos ossos mesmo que soubesse, por anos, que 50% do que ingerimos a cada dia acumule-se aí;
          -  Os responsáveis públicos que promovem a fluoretação nunca se dispuseram a avaliar os níveis de fluorose dental que as comunidades passaram a ter depois deste processo ainda que eles saibam que este nível indica se a criança está tendo ou não uma superdose;
          -  Nenhuma agência pública dos USA contestou a pesquisa feita por Luke de que o flúor se acumula na glândula pineal, mesmo após a publicação do Resumo, em 1994, de sua tese de Ph.D em 1997. Apresentou seu trabalho em uma conferência internacional da Society for Fluoride Research, em 1998, tendo sua última publicação em 2001 na Caries Research;
          -  Os relatórios da CDC (Centers of Disease Control dos USA) de 1999 e 2001, advogam a fluoretação, estando ambos desatualizados em, pelo menos, seis anos em termos de pesquisas que a questionam quanto à preocupação em relação à saúde.

          Como Brian Martin tornou claro em seu livro “Scientific Knowledge in Controversy: The Social Dynamics of the Fluoridation Debate” (1991) {O Conhecimento Científico em Controvérsia: A dinâmica social do debate sobre a fluoretação}, a promoção da fluoretação está fundada no exercício do poder político e não em análises racionais. A questão a responder então é : “porque o Serviço Público de Saúde escolhe exercer seu poder desta forma ?”.

          As motivações, especialmente aquelas que são exercidas há muitas gerações de formadores de opinião, são sempre difíceis de determinar. Entretanto, intencionalmente ou não, a fluoretação serviu para nos desviar de uma série de fatos marcantes. Desconectou-nos:
          -  A omissão de um dos países mais ricos do mundo em prover cuidados dentais decentes para sua população pobre;
          -  A falência de 80% dos dentistas norte-americanos que atendem as crianças pelo sistema “Medicaid”;
          -  O fracasso da comunidade de saúde pública em combater o imenso super-consumo por nossas crianças, dos alimentos açucarados, vai a tal ponto de fazermos vista grossa à indiscriminada invasão de máquinas com refrigerantes nos prédios de nossas escolas. Esta atitude parece estar mais associada à nossa crença como se o flúor interrompe todos problemas dentais. Porque então se estressar controlando esta farta ingestão de açúcares;
          -  A omissão de se tratar adequadamente os efeitos ecológicos e de saúde pública gerados pela poluição do flúor originário da grande indústria. Apesar dos danos já causados, e que permanece causando, por esta poluição, poucos são os ambientalistas que consideram o flúor como efetivamente “poluente”;
          -  A omissão da U.S.EPA (nt.: Environmental Protection Agency-Agência de Proteção Ambiental dos USA) em desenvolver um Nível Máximo de Contaminação para o flúor na água e que pudesse ser cientificamente aceito;
          -  A verdade é que mais e mais compostos organofluorados estão sendo introduzidos no mercado na forma de plásticos, fármacos e agrotóxicos. Apesar do fato de que alguns destes compostos ofereçam mais ameaças tanto à nossa saúde como ao ambiente do que seus parentes, os clorados e os compostos de bromo, as organizações e agências governamentais que deveriam agir para limitar a disseminação global destes outros produtos halogenados, parecem estar completamente cegas para os perigos trazidos por estes compostos organofluorados. Vale a ressalva de que são muitíssimo mais persistentes e lipossolúveis do que os outros comparsas,  acumulando-se tanto na cadeia alimentar como em nossos tecidos adiposos.

          A fluoretação é antiética porque:

          -   Viola o direito individual de só se ser medicado com consentimento consciente;
          –   A municipalidade não pode controlar a dose para cada paciente;
          -   A municipalidade não consegue acompanhar a resposta individual de cada munícipe;
          -   Ignora o fato de que algumas pessoas são mais vulneráveis do que outros aos efeitos tóxicos do flúor. De que algumas pessoas poderão estar sofrendo enquanto outras podem se “beneficiar”(se fosse o caso de haver necessidade de Fluor para saúde dentária e haverem pessoas sem acesso ao fluor);     e
          -  Viola o Código de Nuremberg com relação a experimentos feitos em humanos.

          Como declarado pelo recente ganhador do Prêmio Nobel da Medicina (2000), Dr. Arvid Carlsson: “Estou efetivamente convencido de que a fluoretação da água, num futuro não muito distante, será remetida às páginas da história da medicina … A fluoretação da água vai contra os princípios básicos da farmacoterapia que sai do receituário esteriotipado da medicação do tipo – uma cápsula três vezes ao dia – muito mais para uma terapia individualizada onde se coaduna dosagem e seleção do fármaco. Já a adição de drogas à água potável significa exatamente o contrário desta visão terapêutica individualizada.”

          Já o Dr.Peter Mansfield, médico inglês e assessor do Conselho Superior do atual governo no processo de revisão do processo de fluoretação, afirma: “Nenhum médico em seu juízo perfeito, prescreverá a uma pessoa que jamais encontrou e que nem conhece seu histórico médico, uma substância que está destinada a criar condições de alterações orgânicas com a seguinte receita: ‘utilize na quantidade que quiser e será para o resto de sua vida tendo em vista de que algumas crianças sofrem cáries dentárias’. Isto é uma postura absurda.”

          Assim se a fluoretação não é efetiva e nem segura, sua continuação serve como um véu para muitos interesses que sugam seus lucros em cima da desinformação do público a respeito do flúor.
          Como foi com a amálgama de mercúrio (os dentistas me entenderão), é muito complicado para instituições como a American Dental Association (nt.: Associação Norte-americana de Odontologia) reconhecer os riscos sobre a saúde já que isto poderá dar margens a ações de responsabilidade tão logo declarem algo a respeito.

          Vamos às dicas caros amigos, de algumas das coisas que faço de rotina e não tenho problema nenhum em fazer:

          – Procurar aparelhos de água que possam destoxificar a água removendo Fluor
          – Evitar saunas úmidas, pois o vapor de água tóxica com Cloro é inspirado diretamente
          – Evitar o contato excessivo de crianças na piscina tratada com Cloro, principalmente em clubes, uma vez que ela engolirá com certeza a água completamente cheia de Cloro
          – Preferir pães mais caseiros e em padarias eles sabem informar se há ou não Boro no preparo
          – Preferir pastas de dente sem fluor

          O pior é que a maioria dos estudos fundamentais estão completamente disponíveis na Internet (www.slweb.org/bibliografy.html ,ver vídeos em www.fluoridealert.org). Mas há sim uma falta de vontade de quem trabalha com saúde, em buscar, descobrir, ir além do que é simplesmente ensinado nas universidades. Abrir os olhos para enxergar que o corpo humano é uma “máquina” muito inteligente, porém não foi preparado para lutar com tantas toxinas e portanto estamos adoecendo cada vez mais e mais cedo infelizmente. Sinto muito mesmo pelas crianças de hoje em dia, sem acreditar que existem pais que pela simples comodidade preferem nem ler estas informações, a ter que mudar um pouco suas rotinas para proteger crianças disto, de refrigerantes, “fast foods”, etc… triste mesmo!

          Espero de coração que possa ter tocado vocês que são pais e me acompanham. Procuro cumprir meu papel de levar a informação ao maior número possível de pessoas e acho que você tem direito de aproveitar as informações ou não para sua vida. Mas não tem o direito de não usá-las com seus filhos. É algo sinceramente inaceitável para mim.

“O valor de uma idéia está no uso que se faz dela.”
(Thomas Edison)


Fonte: Artigo de Victor Sorrentino


                          Sementes Espaço Ponto de Luz 




Rosana Rodrigues
Terapeuta Practitioner de Florais de Bach pelo Bach Centre da Inglaterra registro internacional PIN/BZP 2000-0124R. 
Siga no Facebook clicando no início da Página Inicial do Blog.




quinta-feira, 27 de março de 2014

Artigo II sobre Florais publicado no Bach Centre da Inglaterra

Alma, personalidade, influência da vida



Segundo o Dr. Bach, quando fala-se em natureza original, estamos falando da alma. Nossa alma originalmente é pura, imaculada, sem doenças, enfim, sadia.
Esta alma encarna em um corpo físico, advindo uma personalidade que irá sofrer, consequentemente, várias moldagens pelas exposições às influências da vida.
Supõe-se que um Ser será feliz e sadio se sua personalidade refletir sua alma, portanto devemos reconectar a sua personalidade, o seu humor, seu estado mental e emocional à sua alma pura.
A flexibilidade é necessária durante este processo, pois todos esses fatores devem ser cuidadosamente observados em um tratamento para se aplicar as essências adequadas.
Em alguns momentos uma pessoa manifesta a necessidade de X essências. Em outros, em virtude de diferentes reações a diversas situações, manifesta a necessidade de Y essências.
E o processo de cura não é completo sem o aprendizado. Se realmente assimilamos a lição, percebemos e sentimos o porquê, alcançamos a cura real de nossos males.
Mas, se não obtivemos o aprendizado de nossa alma, se não reformamos nossas atitudes e não "ouvimos o chamado interior" desenvolvendo a virtude oposta aos nossos vícios, com muita humildade e reverência, não alcançamos a cura real e caímos no círculo de repetições da vida.
Isto é, tenderemos a sempre estar caindo em situações semelhantes ao sofrimento anterior, repetindo, porque simplesmente não houve o aprendizado.
O nosso estado de saúde (no sentido geral), sempre está a nos servir de indicador do ponto que atingimos nessa jornada da alma.








Sementes Espaço Ponto de Luz Rosana Rodrigues

domingo, 16 de março de 2014

Feliz Gaura Purnima 2014! Por que a Índia e vaishnavas estão em festa? Entenda aqui.

Krishna Vem Novamente: O Advento de Caitanya Mahaprabhu

Krishna Vem Novamente 1
A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada
Excertos da palestra realizada em Mayapur, em 16 de março de 1976
Como no ditado “exemplo é melhor do que preceito”, Krishna vem novamente ao mundo material no disfarce de um devoto dEle mesmo a fim de mostrar pelo exemplo o que Ele esperava quando, no Bhagavad-gita, pediu que todos se rendessem a Ele.
“Deste modo, meu Senhor, aparecestes em diferentes encarnações – como seres humanos, como animais, como uma personalidade imensamente santa, como semideuses e como um peixe e uma tartaruga. Desta maneira, mantendes toda a criação em diferentes sistemas planetários e matais os princípios demoníacos em todas as eras. Meu Senhor, Vós, portanto, protegeis os princípios da religião. Nesta era de Kali, não Vos declarais como a Suprema Personalidade de Deus, em virtude do que sois conhecido como tri-yuga, ou o Senhor que aparece em três yugas”. (Srimad-Bhagavatam7.9.38)
Então, aqui está uma declaração muito específica sobre o avatara Sri Caitanya Mahaprabhu. Embora Caitanya Mahaprabhu seja a mesma Suprema Personalidade de Deus, Ele é channa, isto é, Ele é a Suprema Personalidade de Deus encoberta, não manifestada diretamente, isto porque Ele apareceu como um devoto.
Rupa Gosvami descobriu que Ele é um avatara de Krsna, o que também foi confirmado por todos os devotos, como Sarvabhauma Bhattacarya e outros, e confirmado no shastra, como nosUpanisads, no Mahabharata etc. Qualquer avatara deve ser confirmado pelos grandes devotos, pelas grandes personalidades, e isso deve ser corroborado pela declaração no shastra – isto se chamasadhu-shastra.
Krishna Vem Novamente 2
Foto: A devota Sita Thakurani identifica que Caitanya é o próprio Krishna.
Há outra declaração no Srimad-Bhagavatam. Como vocês sabem, declara-se diretamente emSrimad-Bhagavatam 11.5.32 que, quando a Suprema Personalidade de Deus estava sendo descrita diante do rei Nimi, por Karabhajana Muni, descreveram-se as diferentes encarnações em diferentes milênios, yuga-dharma-vrttam. Caitanya Mahaprabhu também é descrito por Vrndavana Dasa Thakura com as palavras yuga-dharma-palau (Caitanya-bhagavataAdi 1.1).
De maneira similar, Caitanya Mahaprabhu é descrito no primeiro verso que citei do Srimad-Bhagavatam como channah kalau, o que significa que, em Kali-yuga, Ele não aparece como outras encarnações – como Nrsimhadeva, Vamanadeva, o Senhor Ramacandra e tantos outros –, senão que aparece como um devoto. Por quê? Caitanya Mahaprabhu é o avatara mais magnânimo. As pessoas são tão tolas que não puderam compreender Krsna. Quando Krsna disse sarva-dharman parityajya mam ekam saranam (Bhagavad-gita 18.66), “Abandonai tudo e simplesmente vos rendei a Mim”, a postura despertada nas pessoas foi: “Quem é essa pessoa ordenando sarva-dharman parityajya? Que direito Ele tem?”.
A nossa doença material é que, se alguém nos ordena que façamos algo, nós protestamos: “Quem é você para me dar uma ordem?”. O que o próprio Deus, Krsna, pode dizer? Como a Pessoa Suprema, o Ser Supremo, Ele ordena. Sendo o controlador supremo, Ele tem que ordenar – esse é o papel de Deus –, mas somos tão tolos que, quando Deus ordena que façamos algo, entendemos isso de outra maneira: “Quem é esse homem que está ordenando que eu devo abandonar tudo,sarva-dharman parityajya? Por que eu deveria fazer isso? Criei muitíssimos dharmas, ‘ismos’, e agora devo abandoná-los? Por que eu deveria fazê-lo?”. Diante disso, o mesmo Senhor veio novamente, agora como Caitanya Mahaprabhu.
Em Prayaga, Rupa Gosvami estava oferecendo suas reverências ao Senhor Caitanya enquanto este estava ocupado em cantar. Esse foi o primeiro encontro com Rupa Gosvami, momento no qual ele compôs este verso:
namo maha-vadanyayakrsna-prema-pradaya tekrsnaya krsna-caitanya-namne gaura-tvise namah
“Ó mais munificente encarnação, sois o próprio Krsna aparecendo como Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu. Assumistes a coloração dourada de Srimati Radharani, e estais distribuindo vastamente o amor puro por Krsna. Oferecemos nossas respeitosas reverências a Vós”.
Krishna Vem Novamente 3
Foto: O Senhor Caitanya e Seus associados distribuindo amor a Deus pelas ruas através do cantar dos santos nomes.
Ele é Krsna, que veio para dar krsna-prema a vocês, mas Ele está agindo como um devoto de Krsna, isto é, Ele encobriu-Se (channah-avatara). Agora, Ele não está comandando: “Faça isto”. Na verdade, Ele está sim comandando, mas de modo diferente, porque as pessoas compreenderam errado: “Quem é esta pessoa dando ordem?”. Mesmo um sujeito infame tido como erudito disse certa vez: “O abandono de tudo é algo demais para se exigir”. Personalidades sofisticadas estão pensando e comentando dessa maneira. O nosso processo, no entanto, é nos submetermos. O ensinamento de Caitanya Mahaprabhu é que, a não ser que nos submetamos, não há esperança de avanço em consciência de Krsna.
trnad api sunicenataror api sahisnunaamanina manadenakirtaniyah sada harih
(Siksastaka 3)
Aquele que quer cantar o mantra Hare Krsna tem que adotar este princípio de trnad api sunicena, isto é, tem que se tornar mais humilde do que a grama. Embora a grama esteja na rua e esteja sendo pisoteada por vocês e por todos, ela jamais protesta. E é preciso ser mais tolerante do que a árvore. A árvore está nos dando muita ajuda, como frutas, flores e folhas, e, quando há calor escaldante, ela nos concede refúgio também, permitindo que nos sentemos sob ela. Por mais benéfica que seja a árvore, eu a corto tão logo eu queira, e não há protesto por parte dela. A árvore não diz: “Eu lhe dei tanto auxílio, e você está me cortando?”, senão que é tolerante. Portanto, Caitanya Mahaprabhu selecionou o exemplo da tolerância da árvore. E disse ainda,amanina manadena: Para si mesmo, o devoto não deve esperar nenhuma posição respeitável, mas deve oferecer todo respeito a qualquer um. Kirtaniyah sada harih: Se adquirirmos tais qualificações, poderemos cantar o maha-mantra Hare Krsna sem nenhuma perturbação.
Krsna ensinou tudo para nos tornarmos conscientes de Krsna, mas, ainda assim, somos tão infames que não pudemos compreender Krsna, em virtude do que Krsna veio novamente: “Como esses sujeitos infames não Me conseguiram compreender; agora, através de Minha conduta pessoal, ensinarei como alguém pode se tornar devoto de Krsna”. A postura de Sri Caitanya Mahaprabhu é ensinar através de Sua conduta pessoal.
Há um devoto que massageia meu corpo, mas ele não estava massageando apropriadamente, em razão do que eu peguei de imediato a mão dele e comecei a massagear: “Faça assim. Faça assim”. Isto não significa, no entanto, que sou massagista ou servo dessa pessoa. Similarmente, não se esqueçam, devido a Ele estar fazendo as vezes de um devoto, de que Sri Caitanya Mahaprabhu é a Suprema Personalidade de Deus, Krsna. Mahaprabhu sri-caitanya radha-krsna nahe anya (Guru-parampara 6): “Sri Caitanya Mahaprabhu não é outro senão Sri Sri Radha-Krsna”. Vocês estão adorando Radha-Krsna, e há a Deidade de Caitanya Mahaprabhu também, mas existem alguns grupos que protestam: “Por que a Deidade de Caitanya Mahaprabhu deveria ser colocada junto de Krsna?”. Eles dizem isso em virtude de não saberem que sri-caitanya radha-krsna nahe anya, isto é, que Caitanya é Radha-Krsna.
Krishna Vem Novamente 4
Foto: Caitanya como Radha-Krsna.
É confirmado pelos shastras, portanto, que Sri Krsna Caitanya é Krsna. No Srimad-Bhagavatam(7.9.38), como já disse, afirma-se que channah kalau yad abhava, isto é, em Kali-yuga, Ele não aparece diretamente, como apareceu em encarnações como Nrsimhadeva, Vamanadeva ou o Senhor Ramacandra, senão que aparece, abhavat, como devoto, o Senhor Caitanya Mahaprabhu. “Algumas vezes, portanto, sois tratado como tri-yuga”. Existem quatro yugas, mas Ele é conhecido como tri-yuga porquanto, em três yugas, Ele aparece distintamente, e, na quarta yuga, Kali-yuga, aparece como devoto.
Fonte: Site De Volta ao Supremo

Gaura Purnima acontece todo ano na Lua Cheia de Março quando ocorreu o nascimento de Caitanya Mahaprabhu na terra, conhecido como o "Avatar Dourado" porque sua pele era de um luminoso dourado.


Assista as festividades de Gaura Purnima pela TV Mayapur!
Você escolhe o país, ao vivo, entre outras opções.

Bhaja nitai-gaura!! Rasalila Devi Dasi.

Watch Gaura Purnima festivities on Mayapur TV:


link >>> http://www.mayapur.tv/

Sementes Espaço Ponto de Luz Rosana Rodrigues
Rasalila Devi Dasi

sábado, 8 de março de 2014

ESTUDO DOS VEDAS (cont.) - CAP. III - KARMA-YOGA


CAPÍTULO III: Karma-yoga





Pérola 17. SEGUINDO A PRÓPRIA NATUREZA (versos 1 a 8)


1. Arjuna disse: Ó Janardana, ó Keshava, por que queres ocupar-me nesta guerra terrível, se achas que a inteligência é melhor do que o trabalho fruitivo? 2. Minha inteligência ficou confusa com Tuas instruções equívocas. Portanto, dize-me definitivamente o que me será mais benéfico. 3. A Suprema Personalidade de Deus disse: Ó virtuoso Arjuna, acabei de explicar que há duas classes de homens que tentam compreender o eu. Alguns se inclinam a compreendê-lo pela especulação filosófica empírica, e outros, pelo serviço devocional. 4. Não é possível livrar-se da reação só porque se deixa de agir, nem pode alguém atingir a perfeição só porque pratica a renúncia. 5. Todos são irremediavelmente forçados a agir segundo as qualidades que adquirem nos modos da natureza material; portanto, ninguém pode deixar de fazer algo, nem mesmo por um momento. 6. Aquele que impede os sentidos de agir, mas não afasta sua mente dos objetos dos sentidos, decerto ilude a si mesmo e não passa de um impostor. 7. Por outro lado, se uma pessoa sincera utiliza a mente para tentar controlar os sentidos ativos e passa então a praticar karma-yoga sem apego, ela é muito superior. 8. Executa teu dever prescrito, pois este procedimento é melhor do que não trabalhar. Sem trabalho, não se pode nem ao menos manter o corpo físico.

Pudemos ver no capítulo anterior duas espécies de procedimentos para quem busca a auto-realização – sankhya-yoga, o estudo analítico da natureza material e espiritual, e karma-yoga, a qual é também conhecida como buddhi-yoga, ou a ação baseada no conhecimento espiritual através da qual fica-se livre de qualquer reação material. O processo de sankhya é geralmente aceito por pessoas inclinadas a especular filosoficamente e a compreender as coisas através do conhecimento experimental. Tais pessoas costumam se afastar da vida ativa e dedicam-se a praticar penitências e austeridades num lugar isolado. Em karma-yoga, porém, a pessoa sente grande prazer espiritual em agir para a satisfação de Krishna. Portanto, ao invés de se afastar das atividades tidas como materiais, o karma-yogi aprende a arte de espiritualizar tais atividades, enquanto permanece ocupado de acordo com a sua própria natureza. Como as pessoas comuns sentem muita dificuldade em compreender que em karma-yoga não é necessário afastar-se das atividades materiais e sim afastar-se do gozo dos sentidos materiais, Arjuna pede para o Senhor Krishna definitivamente tornar este tema mais claro. Como resposta, o Senhor diz que simplesmente por se afastar das atividades mundanas, a pessoa não pode manter-se livre das reações. A condição de Arjuna como um kshatriya era um exemplo perfeito disso, pois, caso ele renunciasse a luta, estaria incorrendo em pecado e certamente teria de sofrer severas reações. Ao seguir sua própria natureza, qualquer pessoa consciente de Deus sente grande satisfação em se ocupar no serviço devocional amoroso e, gradualmente, obtém grandes percepções a nível material e espiritual. No entanto, quando a pessoa tenta contrariar sua natureza, reprimindo suas tendências naturais, ela se depara com uma luta constante com seus sentidos e mente, cujo resultado é o inevitável enfraquecimento espiritual.
A conclusão é que todos devem permanecer na sua própria ocupação natural com o propósito de alcançar o objetivo da vida, em vez de se tornar um pseudotranscendentalista que se recusa a trabalhar em consciência de Krishna enquanto a mente permanece apegada aos objetos dos sentidos. Em outras palavras, enquanto se vive neste mundo material, não se deve abandonar caprichosamente o trabalho, pois a propensão a dominar a natureza material e satisfazer os sentidos é realmente muito forte. Estas propensões mundanas precisam ser purificadas e, para isso, é mais adequado nos ocuparmos em nossos deveres prescritos e oferecermos os frutos desta ocupação como uma oferenda devocional ao Senhor. Tal oferecimento é chamado yajña, ou sacrifício.


Pérola 18. A IMPORTÂNCIA DO SACRIFÍCIO (versos 9 a 16)


9. Deve-se realizar o trabalho como um sacrifício a Vishnu; caso contrário, o trabalho produz cativeiro neste mundo material. Portanto, ó filho de Kunti, executa teus deveres prescritos para a satisfação dEle, e desta forma sempre permanecerás livre do cativeiro. 10. No início da criação, o Senhor de todas as criaturas enviou muitas gerações de homens e semideuses, que deveriam dedicar-se a executar sacrifícios para Vishnu, e abençoou-os dizendo: “Sede felizes com este yajña (sacrifício) porque sua execução outorgar-vos-á tudo o que é desejável para viverdes com felicidade e alcançardes a liberação”. 11. Os semideuses, estando contentes com os sacrifícios, também vos agradarão, e assim, pela cooperação entre homens e semideuses, a prosperidade reinará para todos. 12. Cuidando das várias necessidades da vida, os semideuses, estando satisfeitos com a realização de sacrifício, suprirão todas as vossas necessidades. Mas aquele que desfruta destas dádivas sem oferecê-las aos semideuses como reconhecimento é certamente um ladrão. 13. Os devotos do Senhor libertam-se de todas as espécies de pecados porque comem alimento que primeiramente é oferecido como sacrifício. Outros, que preparam alimento para o próprio gozo dos sentidos, na verdade comem apenas pecado. 14. Todos os corpos vivos subsistem de grãos alimentícios, que são produzidos das chuvas. As chuvas são produzidas pela execução de sacrifício, e o sacrifício nasce dos deveres prescritos. 15. As atividades reguladas são prescritas nos Vedas, e os Vedas manifestam-se diretamente da Suprema Personalidade de Deus. Por conseguinte, a Transcendência onipenetrante situa-Se eternamente nos atos de sacrifício. 16. Meu querido Arjuna, aquele que, na vida humana, não segue esse ciclo de sacrifício estabelecido pelos Vedas certamente leva uma vida cheia de pecado. Vivendo só para a satisfação dos sentidos, tal pessoa vive em vão.

A prosperidade humana é completamente dependente das dádivas naturais, as quais são supridas pela misericórdia do Senhor. Portanto, se a civilização humana for consciente de Deus e viver de modo simples, voltada principalmente para seu interesse em auto-realização, o Senhor estará satisfeito e abençoará a todos, suprindo-os com amplo fornecimento de opulências materiais. Como está claramente explicado aqui, a lei natural dá permissão para que, através do processo conhecido como yajña ou sacrifício, os seres humanos piedosos tirem o máximo proveito das dádivas divinas presentes na natureza. Porém, o homem materialista não é capaz de compreender este fato e se dedica a uma vida artificial que supervaloriza os empreendimentos industriais. Isto se deve unicamente à visão ateísta do homem moderno, que perdeu sua consciência de Deus e, por isso, tem causado uma condição de vida infernal, vivendo em função da exploração predatória da natureza material.
Fica claro, portanto, que, para nos mantermos afastados de todas as espécies de contaminações produzidas pela associação mundana no mundo material, devemos executar yajñas, ou sacrifícios, assumindo nossos deveres prescritos em consciência de Krishna da forma mais impecável possível.
Como foi discutido anteriormente, a atração dos sentidos pelos objetos é inevitável. Os olhos desejam contemplar belas formas, os ouvidos querem ouvir sons agradáveis, o paladar deseja saborear alimentos saborosos e assim por diante. Desse modo, uma pessoa que queira evitar os perigos da contaminação material terá de impedir que os sentidos materiais se ocupem em desfrutar dos objetos dos sentidos mundanos, redirecionando-os para os objetos dos sentidos espirituais. Isso é o verdadeiro conceito de sacrifício – tirar os sentidos do contato com a matéria e colocá-los a serviço do Senhor. Utilizando os sentidos para a satisfação do Senhor, a pessoa alcança a posição de liberação e, no devido tempo, retorna ao reino de Deus. Por outro lado, não agindo para a satisfação do Senhor, qualquer pessoa terá de permanecer neste mundo material, tentando inutilmente satisfazer seus sentidos, e terá de conviver com diferentes reações materiais que, certamente, irão ser a causa de sofrimento material.
O verdadeiro propósito dos sacrifícios é satisfazer a Pessoa Suprema, o Senhor dos sacrifícios. Quando os sacrifícios são devidamente executados, o Senhor dos sacrifícios Se torna satisfeito e, como consequência, os semideuses, os quais são agentes que têm autoridade para agir em nome da Suprema Personalidade de Deus, também se satisfazem. Como encarregados dos diferentes departamentos de fornecimentos, os semideuses, satisfeitos, não permitem que haja escassez de recursos naturais. Eles são considerados como partes do Senhor e, por agirmos em consciência de Krishna, estaremos servindo e satisfazendo o Todo, o que inclui naturalmente a satisfação de Suas partes, os semideuses. É importante compreender que os diferentes sacrifícios recomendados nos Vedas para a satisfação dos semideuses são, em última análise, oferecidos à Suprema Personalidade de Deus. Tais sacrifícios são executados para que os semideuses possam fornecer ar, luz e água suficientes para que haja produção de grãos alimentícios em abundância. No entanto, quando o Senhor Krishna é adorado, os semideuses, que são diferentes membros do Senhor, são também automaticamente adorados, sendo desnecessário um esforço em adorá-los independentemente do Senhor. A conclusão é que a adoração dos semideuses é executada por aqueles que têm insuficiente fundo de conhecimento. Ainda assim, através deste processo, uma pessoa poderá se livrar da reação pecaminosa de usurpar as substâncias naturais que, sob a sanção superior do Senhor, são fornecidas pelos semideuses. Devemos compreender, portanto, que as necessidades da vida são os cereais, as frutas, o leite, etc. – os quais são supridos unicamente pelos semideuses dotados de poderes divinos. Os seres humanos não podem fabricar o calor, a luz, o ar, a água, etc., sem os quais ninguém pode viver. Torna-se completamente evidente que nossa vida depende das substâncias naturais fornecidas pelo Senhor e devemos fazer um uso apropriado delas para nos manter saudáveis e em condições adequadas para a auto-realização espiritual. Porém, se aquilo que recebemos do Senhor e de Seus agentes for utilizado para mero gozo dos sentidos, certamente nos tornaremos ladrões e teremos de ser punidos pelas leis da natureza material.


Pérola 19. PARA A ALMA AUTO-REALIZADA NÃO HÁ DEVER (versos 17 a 20)


17. Mas para quem sente prazer no eu e utiliza a vida humana para buscar a auto-realização, satisfazendo-se apenas com o eu, ficando plenamente saciado – para ele não há dever. 18. Um homem auto-realizado não tem propósito a cumprir no desempenho de seus deveres prescritos, tampouco tem ele alguma razão para não executar tal trabalho. Nem tem ele necessidade alguma de depender de nenhum outro ser vivo. 19. Portanto, sem se apegar aos frutos das atividades, tem-se de agir por uma questão de dever, pois, trabalhando sem apego, alcança-se o Supremo. 20. Reis tais como Janaka alcançaram a perfeição com a simples execução dos deveres prescritos. Portanto, apenas para educar o povo em geral, deves executar teu trabalho.

Os rituais védicos, tais como os sacrifícios prescritos, visam à purificação das atividades passadas de uma pessoa que se entregou ao gozo dos sentidos; por isso, eles são imprescindíveis para pessoas que relutam em se ocupar a serviço do Senhor. Quem é consciente de Krishna, porém, se ocupa em atividades espirituais, as quais são livres das reações boas ou más. Tais almas puramente conscientes de Krishna são auto-realizadas e inteiramente desapegadas das atividades deste mundo. No entanto, ainda que não tenha interesses pessoais por este mundo, uma pessoa completamente consciente de Krishna deve se ocupar de uma maneira exemplar e cumprir o propósito de ensinar a todos como se deve agir e como se deve viver. Ainda assim, tal pessoa realmente consciente de Krishna atuará sempre para o prazer do Senhor e, desse modo, irá manter-se inteiramente satisfeita. Para tal pessoa, na verdade, não haveria mais necessidade de aceitar deveres prescritos específicos, pois, pela graça do Senhor, todas as impurezas que existiam em seu coração, resultado acumulado de muitas e muitas vidas, são eliminadas através de suas atividades devocionais. Evidentemente, nem o Senhor Krishna nem Seu amigo Arjuna precisariam ocupar-se na Batalha de Kurukshetra. Eles só lutaram para ensinar as pessoas que a violência às vezes se faz necessária, especialmente quando ela visa à proteção da religiosidade.

Pérola 20. O COMPORTAMENTO EXEMPLAR DO SENHOR KRISHNA (versos 21 a 24)

21. Seja qual for a ação executada por um grande homem, os homens comuns seguem, e o mundo inteiro procura imitar todos os padrões que ele estabelece através de seus atos exemplares. 22. Ó filho de Pritha, não há trabalho prescrito para Mim dentro de todos os três sistemas planetários. Nem sinto falta de nada, nem tenho necessidade de obter algo – e mesmo assim ocupo-Me nos deveres prescritos. 23. Pois, se alguma vez Eu deixasse de ocupar-Me na cuidadosa execução dos deveres prescritos, ó Partha, todos os homens decerto seguiriam Meu caminho. 24. Se Eu não executasse os deveres prescritos, todos estes mundos seriam levados à ruína. Eu causaria a criação de população indesejada, e com isso Eu destruiria a paz de todos os seres vivos.

Sri Krishna é o controlador dos controladores e tudo e todos estão sob Seu controle. Ele é a causa de todas as causas e ninguém é igual ou superior a Ele. Ele possui opulências plenas e é a Suprema Deidade adorável. Evidentemente, a Suprema Personalidade de Deus é transcendental às regras e regulações, as quais existem unicamente para disciplinar e purificar as almas condicionadas que dependem dos resultados de seu trabalho e, por isso, se encarregam de diferentes deveres.
Sendo transcendental, o Senhor não tem o menor interesse em nada deste mundo e, portanto, não precisa aceitar nenhum dever prescrito. No entanto, as almas condicionadas precisam de exemplos vivos de grandes líderes que as ensinem a se comportar de uma maneira exemplar. Desse modo, por Sua bondade sem limites, o Senhor vem a este mundo e age unicamente para o benefício das pessoas em geral. Assim, Ele assume para Si mesmo a responsabilidade de ser a maior autoridade de modo que as pessoas comuns sigam Seus passos e alcancem a perfeição da vida. Devemos, no entanto, entender claramente que as regras e regulações prescritas nas escrituras nunca podem afetá-lO, mas, ainda assim, para estabelecer os princípios religiosos Ele prefere segui-las à risca.


Pérola 21. A AÇÃO DO SÁBIO E A AÇÃO DO IGNORANTE (versos 25 a 35)


25. Assim como os ignorantes executam seus deveres com apego aos resultados, os eruditos também podem agir, mas sem apego, com o propósito de conduzir as pessoas para o caminho correto. 26. Para não perturbar as mentes dos homens ignorantes apegados aos resultados fruitivos dos deveres prescritos, o sábio não deve induzi-los a parar de trabalhar. Ao contrário, trabalhando com espírito de devoção, ele deve ocupá-los em todas as espécies de atividades para que pouco a pouco desenvolvam a consciência de Krishna. 27. Confusa, a alma espiritual que está sob a influência do ego falso julga-se a autora das atividades que, de fato, são executadas pelos três modos da natureza material. 28. Quem tem conhecimento da Verdade Absoluta, ó pessoa de braços poderosos, não se ocupa a serviço dos sentidos e do gozo dos sentidos, pois conhece bem as diferenças entre trabalho com devoção e trabalho em busca de resultados fruitivos. 29. Confundidos pelos modos da natureza material, os ignorantes ocupam-se plenamente em atividades materiais e tornam-se apegados. Mas os sábios não devem inquietá-los, embora estes deveres sejam inferiores por causa da falta de conhecimento daqueles que os executam. 30. Portanto, ó Arjuna, ofertando-Me todos os teus trabalhos, com pleno conhecimento de Mim, sem desejos de lucro, sem alegares ter alguma posse, e livre da letargia, luta. 31. Aqueles que cumprem seus deveres de acordo com Meus preceitos e que sem inveja seguem fielmente este ensinamento livram-se do cativeiro das ações fruitivas. 32.Mas aqueles que, por inveja, rejeitam estes ensinamentos e não os seguem devem ser considerados desprovidos de todo o conhecimento, enganados e malogrados em seus esforços pela perfeição. 33. Até mesmo um homem de conhecimento age segundo sua própria natureza, pois cada qual segue a natureza que adquiriu dos três modos. Que se pode conseguir com a repressão? 34. Há princípios que servem para regular o apego e a aversão relacionados com os sentidos e seus objetos. Ninguém deve ficar sob o controle desse apego e aversão, porque são obstáculos no caminho da auto-realização. 35. É muito melhor cumprir os próprios deveres prescritos, embora com defeito, do que executar com perfeição os deveres alheios. A destruição durante o cumprimento do próprio dever é melhor do que ocupar-se nos deveres alheios, pois seguir o caminho dos outros é perigoso.

Uma vez que os homens ignorantes não podem aceitar as atividades em consciência de Krishna, os sábios não devem desperdiçar seu tempo valioso, perturbando-os desnecessariamente. Sendo bondosos, no entanto, os devotos do Senhor toleram o mau comportamento dos ignorantes e aproximam-se deles para tentar ocupá-los apropriadamente.
Movida pelo ego falso, uma pessoa ignorante da sua natureza espiritual eterna considera-se a causa dos resultados de suas atividades e atribui o mérito unicamente a si própria. Ela não reconhece que seu corpo é um simples resultado de suas atividades passadas, o qual funciona sob a ordem do Senhor. Absorta em consciência material, a pessoa ignorante esquece-se de sua posição de servo amoroso do Senhor e dedica-se a servir seus próprios interesses pessoais.
Uma pessoa sábia, no entanto, nunca age visando à sua satisfação pessoal, mas está sempre ativa no serviço devocional amoroso e, assim, está sempre ajudando a pessoa ignorante a aperfeiçoar o seu comportamento. Quando observamos uma pessoa sábia agir, podemos comprovar que ela é dotada de grande conhecimento espiritual, pois mostra sua indiferença às exigências mundanas dos sentidos materiais. Por outro lado, absorto em designações materiais ilusórias, o ignorante vive preso ao desfrute de seus sentidos. Portanto, qualquer pessoa que queira se tornar sábia deve desenvolver conhecimento prático a respeito da existência eterna da alma. Ela precisa compreender que não é este corpo material e, sim, uma alma espiritual que tem habitado diferentes corpos temporários. Isto irá ajudá-la a perceber claramente que existe uma certa classe de prazeres materiais que é perigosa, pois produz reações materiais que irão desviá-la da sua meta espiritual. Desse modo, compreendendo bem a diferença entre trabalho prático em devoção e trabalho fruitivo, a pessoa pode exercer controle sobre suas paixões materiais e utilizar seus sentidos em trabalhos práticos com o único propósito de se purificar.


Pérola 22. O INIMIGO INSACIÁVEL CHAMADO LUXÚRIA (versos 36 a 46)


36. Arjuna disse: Ó descendente de Vrishni, que impele alguém a atos pecaminosos, mesmo contra a sua vontade, como se ele agisse à força? 37. A Suprema Personalidade de Deus disse: É somente a luxúria, Arjuna, que nasce do contato com o modo material da paixão e mais tarde se transforma em ira, e que é o inimigo pecaminoso que tudo devora neste mundo. 38. Assim como a fumaça cobre o fogo, o pó cobre um espelho ou um ventre cobre um embrião, diferentes graus de luxúria cobrem o ser vivo. 39. Assim, a consciência pura da entidade viva sábia é coberta por seu eterno inimigo sob a forma de luxúria, que nunca é satisfeita e queima como o fogo. 40. Os sentidos, a mente e a inteligência são os lugares que servem de assento para esta luxúria. Através deles, a luxúria confunde o ser vivo e obscurece o verdadeiro conhecimento que ele possui. 41. Portanto, ó Arjuna, ó melhor dos Bharatas, desde o começo, refreia este grande símbolo do pecado (a luxúria), regulando os sentidos, e aniquila este destruidor do conhecimento e da auto-realização. 42. Os sentidos funcionais são superiores à matéria bruta; a mente é superior aos sentidos; por sua vez, a inteligência é mais elevada do que a mente; e ela (a alma) é superior à inteligência. 43. Assim, sabendo que é transcendental aos sentidos, à mente e à inteligência materiais, ó Arjuna de braços poderosos, a pessoa deve equilibrar a mente por meio de deliberada inteligência espiritual (consciência de Krishna) e assim – pela força espiritual – vencer este inimigo insaciável conhecido como luxúria.

Aqui se explica que, ao vir ao mundo material, a entidade viva inevitavelmente passa a interagir com o modo da paixão, o que faz com que seu sentimento puro de amor por Deus se transforme em luxúria. O amor a Deus é uma qualidade natural de todo ser vivo puro, e se caracteriza pelo desejo espontâneo de agir para o prazer do Senhor. Este amor a Deus é comparado ao leite puro e a luxúria é comparada ao iogurte. Em outras palavras, assim como o leite em contato com uma substância ácida se transforma em iogurte, o amor a Deus em contato com a paixão material se perverte em luxúria, ou o desejo incontrolável de satisfazer os próprios sentidos materiais. A entidade viva, portanto, permanece presa a este mundo material unicamente por causa da luxúria, a qual é comparada ao fogo. Isto significa que, assim como não podemos apagar o fogo simplesmente jogando combustível nele, não podemos controlar a nossa luxúria simplesmente tentando satisfazê-la. A solução dada pelo Senhor é que a pessoa deve refrear esta propensão luxuriosa, pois esta austeridade executada por uma pessoa irá gradualmente tornar a luxúria cada vez mais fraca. Quando a luxúria é portanto refreada e, ao mesmo tempo, a pessoa se ocupa no serviço devocional ativo, esta mesma luxúria irá se reespiritualizar e irá recuperar sua natureza original pura. A grande dificuldade que o ser vivo corporificado enfrenta é que ele está viciado em satisfazer os sentidos e confunde o prazer ilusório dos sentidos com a verdadeira felicidade. Devido ao mau uso do seu livre-arbítrio, a entidade viva veio a este mundo material exclusivamente para tentar ser feliz independente de Deus. Passando a habitar um corpo material específico e recebendo da natureza material um tipo específico de visão, audição, paladar, etc., bem como uma mente, um intelecto e um ego materiais, os seres vivos se esquecem de sua natureza espiritual eterna. Por terem abusado de sua independência parcial, eles caíram nesta condição ilusória e são forçados pela influência da luxúria a permanecerem absortos em atividades de gozo dos sentidos. Esta criação material, no entanto, é feita pelo Senhor de uma maneira que os seres vivos nunca conseguirão satisfazer por completo suas propensões de gozo material. Ao contrário disso, esta constante busca infrutífera de gozo dos sentidos torna-se a causa da própria frustração do ser vivo, a qual o levará a indagar sobre sua verdadeira natureza espiritual.
Nos versos anteriores conseguimos compreender como podemos purificar a nossa própria natureza por aceitar deveres prescritos como um serviço em sacrifício ao Senhor. Contudo, podemos observar que na prática nossa natureza frequentemente se perverte e manifesta tendências pecaminosas. Arjuna, portanto, quer compreender que força é esta que nos confunde completamente e nos induz a agir contra nosso próprio interesse. Por esse motivo, o Senhor aqui revela que nosso verdadeiro inimigo, a luxúria, vive dentro de todos nós, e conclui que, através da prática da consciência de Krishna, a qual inclui conhecimento transcendental, a pessoa pode valer-se de sua força espiritual e gradualmente subjugar este inimigo tão perigoso.
 




Sementes do Espaço Ponto de Luz




Rasalila Devi Dasi

Rosana Rodrigues