Manifesto por uma
Política de Solução
Radical
Há bem na direita e na esquerda
política. Para
uma sociedade completamente sã e saudável, temos que ir além
do conflito de ambas.
Os
partidos
parecem cada vez mais fornecerem aos eleitores uma agenda
claramente de direita
ou de esquerda. Eles dizem que isso é algo bom, mas eu sempre
tive dificuldade em
fazer esse tipo de escolha, e suspeito que seja o caso de
muitas outras pessoas
também. Meu problema é que ambos os lados parecem fazer
sentido.
Quando
confrontado
por um eleitor seja da direita, seja da esquerda, sempre
consegui enxergar o ponto
defendido. Isso costuma me deixar sem ação, e me fazia, com
culpa no coração, uma
pessoa apolítica. Eu invejava a segurança daqueles que se
faziam partidários de
um lado ou do outro. É claro, havia sempre o centro, o
tradicional refúgio dos covardes
como eu. Contudo, eu precisava de consistência, e você paga um
preço alto pela contradição,
especialmente quando envolve política social. Então, eu estava
preso ali.
Eu
não era capaz
de rejeitar o apelo da esquerda, que alcançava meus mais
elevados ideais: minha
intuição inabalável de que todas as pessoas são iguais e que o
fato social tem que
refletir isso. Contudo, quando a direita insistia comigo, com
realismo frio e objetivo,
que as pessoas, na verdade, não são iguais, e que nenhuma soma
de sentimento mudaria
isso, eu era obrigado a concordar. Cada lado tinha um ponto
forte, e eu via o destino
do mundo balançando sobre a hostilidade entre os capitalistas
na direita, e os comunistas
na esquerda.
Eu
não me tornei
um devoto de Krishna para solucionar meu impasse político,
mas, entre os bônus inesperados
que ganhei da consciência de Krishna, estava uma doutrina que
resolve esse dilema
intratável, unificando, sem contradição, em uma política
social concreta, a igualdade
absoluta de todas as pessoas com as não-igualdades relativas
que são criadas por
suas diferentes habilidades e aptidões. Essa visão social
providenciava algo que
eu consideraria impossível: uma sociedade com uma divisão
clara de trabalho em classes,
mas sem exploração, inimizade e conflito. Isso me foi uma
descoberta extraordinariamente
revigorante, pois vi ali a solução para o grande embate
político do mundo contemporâneo.
As doutrinas de esquerda e direita sobre
igualdade e
diferença entre as pessoas são conciliáveis.
Varnasrama-dharma, como é chamado o
manifesto social
do Movimento da Consciência de Krishna, é o projeto para uma
civilização espiritual,
pois se baseia na ideia de que as pessoas são seres
espirituais. Como criaturas
viventes, somos centelhas pequenas, porém eternas, do ser vivo
supremo, apesar de
estarmos confinados dentro de corpos materiais, corpos
mortais. Não podemos esperar,
com bom senso, alcançarmos a felicidade com base em nosso
corpo, visto que o corpo
certamente ficará doente, velho e, por fim, morrerá. Nosso
bem-estar, é claro, só
pode repousar no cultivo de nosso eu autêntico e eterno, a
alma. Sofremos incessantemente
porque nos identificamos com o nosso corpo, o qual é
inevitavelmente sitiado pela
natureza material. Então, se a sociedade deseja garantir o bem
mais elevado para
todos os seus membros, tem que providenciar o necessário para
que todos tenham esclarecimento
em relação ao verdadeiro eu e, deste modo, entrem em uma
consciência plena e pura,
isto é, eterna, completa em conhecimento e plena de
bem-aventurança. Ao mesmo tempo,
tal sociedade tem que satisfazer, da maneira mais simples e
eficaz possível, todas
as necessidades do corpo. O varnasrama-dharma é
concebido
para se atingir ambas as metas.
Um
materialista
objetaria prontamente, visto que “a alma” é um conceito
metafísico, referente a
algo que não podemos experienciar, e qualquer sistema social
baseado em tal coisa
certamente seria um pouco suspeito. Contudo, é simplesmente
falso que a alma não
pode ser experienciada (trata-se, na verdade, da condição para
termos qualquer experiência!),
e a sociedade varnasrama é projetada precisamente para
fomentar essa experiência.
E visto que a sociedade materialista cria as condições que
tornam virtualmente impossível
experimentarmos a alma, a objeção revela seu próprio problema
fundamental.
Somos
seres
espirituais em corpos materiais, e é o varnasrama-dharma que
integra e concilia a igualdade absoluta de todas as pessoas
como seres espirituais
e as diferenças relativas impostas sobre elas pelas condições
de sua corporificação
material. Esse sistema convida a sociedade a se dividir em
quatro grupos ocupacionais
(chamados varnas) e quatro ordens espirituais (asramas). Essa divisão em varnas é
muito natural.
Nenhuma sociedade civilizada pode existir sem quatro classes:
intelectuais (chamados
de brahmanas), líderes políticos e militares (kshatriyas), agricultores e comerciantes (vaishyas), trabalhadores e artesões (shudras). A falta de qualquer um desses
obviamente aleijaria
uma sociedade. Elas formam a cabeça, os braços, o estômago e
as pernas do corpo
social, respectivamente, os quais só podem estar saudáveis
caso todas as partes
estejam saudáveis e trabalhando cooperativamente. Aliás, cada
ser humano tem uma
constelação de qualidades e aptidões, as quais o coloca em um
desses quatro grupos.
(Somente qualidades pessoais determinam a que grupo se
pertence. Pertença determinada
por nascimento, como no sistema de castas indiano, não diz
respeito ao autêntico
sistema de varna.)
Se
eu descrever
os deveres e as qualidades de cada um desses varnas, você
poderá reconhecer
intuitivamente os quatro tipos de seres humanos.
O brahmana, ou intelectual, sabe a verdade
absoluta tanto
em conhecimento teórico quanto por experiência direta, e, à
luz disso, ele guia
as políticas práticas dos líderes governantes. Como a cabeça
da sociedade, tem a
visão para dirigir as ações de todo o corpo. A ocupação do brahmana é o professorado, e ele instrui todos
não apenas
no serviço específico do seu varna, mas
também no
serviço universal a Deus, a base para a autorrealização. Um
jovem qualificado para
receber o treinamento de brahmana tem
que possuir
amor pelos estudos e sede de sabedoria. Ele é naturalmente
pacífico e tolerante
e se atrai espontaneamente por pureza, autocontrole e
austeridade. Ele é honesto
e instintivamente religioso.
O
serviço do
kshatriya é proteger os demais membros da
sociedade. Ele
governa e, quando necessário, luta. Uma pessoa apropriada para
o treinamento de
kshatriya tem que ser bastante inteligente, mas
sua inteligência
terá uma direção mais prática do que a inteligência de um brahmana. Ele possui grande coragem natural e se
atrai pela
realização de grandes feitos que envolvem risco pessoal. Ele é
líder, engenhoso
e determinado. Seu corpo é forte; seu caráter, igualmente
forte. Ele é espontaneamente
liberal e generoso, e gosta de usar sua força para guardar os
outros.
As
ocupações
de um vaishya são a agricultura, o comércio, os
negócios e – isto
é importante – a proteção às vacas. Os vaishyas
produzem a riqueza
da sociedade. Eles também precisam ser inteligentes, mas sua
inteligência é de uma
espécie mais astuta e breve do que aquela dos kshatriyas.
Os vaishyas não são tão passionais quanto os kshatriyas, e carecem da coragem e do espírito
liberal deles.
Enquanto o heroísmo impele o kshatriya, o
que impele
o vaishya é o lucro. A proteção às vacas impede
que os vaishyas se degenerem em ganância e exploração.
Tratando
a vaca que lhe dá leite como sua mãe, e o touro que ara o solo
para produzir grãos
como seu pai, o vaishya aprende a viver de
uma maneira
pessoal, harmoniosa e não-exploradora com os animais – e com a
terra – que produzem
sua riqueza. A proteção às vacas incute princípios religiosos
nos vaishyas e os mantém próximos da terra.
A prática de proteção às vacas, muitas vezes
vista como
estranha no ocidente, tem o fim de conferir sensibilidade
aos vaishyas.
Aqueles
que
não têm a inteligência específica para serem brahmanas, kshatriyas ou vaishyas são
shudras, indivíduos dedicados ao trabalho manual
na sociedade.
Uma vez que não têm a vocação para agirem de forma
independente, como os demais,
os shudras trabalham sob supervisão, como
auxiliadores gerais
dos outros três varnas.
Acredito
que
as vantagens de se reconhecer essas divisões são evidentes.
Dado que se baseiam
em características e aptidões naturais, é possível discernir a
tendência de uma
criança, logo nos primeiros anos de vida, e moldar sua
educação para que desenvolva
seus talentos naturais e cultive as virtudes peculiares à sua
posição. Imagine o
auxílio disso para solucionar o problema de vocação e
motivação que hoje é tão grande
em nosso sistema educacional. Com o reconhecimento explícito
de quatro grupos distintos,
cada um pode se desenvolver como uma subcultura separada. Cada
varna requer seu próprio conjunto de deveres e
valores particulares
(chamados sva-dharma), e um sem-fim de desorientação e
sofrimento
é causado por não se reconhecer isso, por se tentar impor o
padrão de um para todos,
ou por se inventar algum padrão “universal” que não se encaixa
em ninguém. Caso
reconheçamos os quatros varnas, as
pessoas se
realizarão por trabalharem com todos os seus talentos e
energias, e a sociedade
prosperará mediante suas contribuições.
É
claro que
consigo ouvir a sonora objeção: Você acaba de propor uma
estrutura de classes incrivelmente
reacionária (incluindo shudras!) que perpetrará
todos os abusos
intrínsecos a tais divisões. Os grupos superiores explorarão
os inferiores, injustiças
sociais se proliferarão, e ódio e conflito farão tudo ruir.
A
resposta a
esse problema é sanatana-dharma, “religião
eterna”,
“dever eterno”. Embora cada varna tenha
seu sva-dharma específico, todos compartilham
igualmente do
dharma único, universal e que tudo abarca,
chamado sanatana-dharma. Trata-se da consciência comum e
intensa
de serviço cooperativo e subordinado a Deus. Na prática do sanatana-dharma, todos são absolutamente iguais.
Ele é mais
importante do que o sva-dharma, e previne, com
eficácia,
a exploração de um grupo por parte do outro.
A
intuição em
torno da igualdade de todas as pessoas é um insight espiritual
fundamental.
É um fato que demanda reconhecimento em uma política social
concreta. Ao mesmo tempo,
as diferenças materiais entre as pessoas também exigem
reconhecimento. O erro da
direita é ver tais diferenças como fundamentalmente
importantes e dar pouco valor
à igualdade espiritual (ou nenhum valor), garantindo isso para
o próximo mundo.
A esquerda, por sua vez, erra na maneira como aplica seu insight. Ela tenta impor o fato espiritual em
uma condição
material, forçando a igualdade, por decreto, onde ela não
existe.
O varnasrama-dharma sintetiza a diferença
material com a unidade
espiritual, reconhece que as pessoas nascem com capacidades
materiais diferentes,
e que não há nada de bom para os indivíduos ou para a
sociedade fingir que não é
assim, ao mesmo tempo que reconhece uma identidade una e
espiritual para todos.
Portanto, o varnasrama-dharma possui divisões de classe, mas
sem exploração,
injustiça, inveja e conflito.
Primeiramente,
a meta de todos os membros dos varnas é a
autorrealização
– o padrão de avanço na vida de todos, portanto, é uma questão
de desenvolvimento
espiritual, e não engrandecimento material. Embora um
indivíduo realize um serviço
em particular de acordo com sua condição material, seu dever
mais elevado na vida
é compreender-se como um ser espiritual, distinto de seu corpo
material temporário.
Isso é sanatana-dharma, e fornece um meio poderoso para
a realização
espiritual (ensinada na Bhagavad-gita)
igualmente
disponível para todos os varnas,
independente
de qualificações materiais. Portanto, sucesso ou avanço na
vida não depende da obtenção
de riquezas, poder ou prestígio social.
Além
disso,
a sociedade varnasrama é centrada em Deus. O sanatana-dharma, a religião eterna ou natureza
essencial,
dos seres espirituais infinitesimais é servir o ser supremo
único e infinito. Eles
o fazem oferecendo os frutos de seu trabalho em serviço
devocional a Deus, que,
deste modo, é reconhecido concretamente como o supremo
desfrutador de tudo. A exploração
surge somente quando alguém se esquece de sua posição como
servo e tenta usurpar
a posição de Deus utilizando os bens e o trabalho de outros
para seu próprio gozo.
Eu posso servir outrem, mas, se vejo que ele, na verdade, é
tão servo quanto eu,
ele não estará me explorando, tampouco eu terei inveja dele.
Na intensa consciência
comum da supremacia de Deus e dos laços universais de
subordinado serviço a Deus,
que os líderes, acima de todos, ensinam através de suas
próprias ações, repousam
a harmonia e a cooperação entre os varnas que
impede dominação,
inveja e conflito. Uma vez que o dever de todos é o serviço
devocional, as diferenças
materiais entre as ocupações não importam. Limpar as ruas e
gerir assuntos governamentais
têm o mesmo valor, e todos podem se tornar perfeitos
realizando seu trabalho pessoal
a serviço de Deus.
É
claro que
se alguém em uma posição de responsabilidade perde seu sentido
de serviço subordinado
e começa a explorar as facilidades que tem para seu próprio
gozo, os males da divisão
de classes que experimentamos em nossos tempos virão à tona.
Um forte refúgio contra
isso é a instituição de asramas, uma
divisão
da vida em quatro estágios que deve ser seguida especialmente
pelos brahmanas e kshatriyas.
Esse sistema
preconiza que o sujeito primeiramente tem que ser instruído
como um estudante celibatário
(brahmacharya) antes da vida de casamento,
família e ocupação
“mundana” (grihastha). A vida de grihastha tem
que terminar
em torno dos cinquenta anos de idade, quando marido e mulher
deixam a família e
os assuntos sociais e cultivam renúncia e vida espiritual (vanaprastha). Por fim, quando estão preparados o
bastante
para isso, se separam, e o esposo passa o fim de sua vida como
um pregador mendicante
e viageiro (sannyasa). Desta maneira, o sistema de asrama garante que as pessoas mais poderosas
socialmente
também serão as mais renunciadas.
A
solidez de
todo o sistema varnasrama-dharma repousa,
em última
instância, nos brahmanas. Eles educam todos
os membros,
e seus ensinamentos terão força, ganhando o respeito dos
poderosos e passionais
kshatriyas, desde qeu eles pessoalmente
estabeleçam o exemplo
mais elevado de pureza e renúncia. A pureza da cultura
bramânica é o fundamento
do varnasrama-dharma.
Esse
sistema
talvez faça você se lembrar, como fez comigo na primeira vez
que ouvi sua descrição,
da sociedade da Europa medieval, uma civilização supostamente
centrada em Deus e
com suas quatro ordens de clérigos (brahmanas),
senhores
feudais (kshatriyas), burgueses (vaishyas) e
servos (shudras). Por um tempo, pelo menos, os reis
europeus precisavam
de sanção clerical para governarem; eram coroados pelo
pontífice. Esperava-se que
o rei fosse santo. Contudo, essa sociedade foi apenas uma
aproximação primitiva
do varnasrama-dharma. Seus brahmanas
nunca atingiram
um padrão suficientemente elevado de pureza, e quando se
corromperam, a civilização
perdeu qualquer visão espiritual que tivera, e todo o sistema
sucumbiu, e ainda
está sucumbindo.
O
colapso do
primitivo varnasrama-dharma medieval levou mais de
quinhentos anos,
e isso constitui toda a história moderna da Europa. Começou
com a corrupção dos
brahmanas. Quando os brahmanas se
maculam
por ambições mundanas, perdem sua moral e autoridade
espiritual – o único poder
que possuem –, em consequência do que os kshatriyas começam
a
vê-los como príncipes mundanos no mesmo nível que eles. Não
existe mais nenhuma
justificativa para a preeminência bramânica, em virtude do que
os kshatriyas se livram do domínio dos brahmanas, uma revolução social epitomizada na
Europa pela
Reforma Protestante. Sem direção e restrições bramânicas, os kshatriyas rapidamente perdem o autocontrole e
se tornam
tiranos intoleráveis. Eles já não podem mais justificar sua
soberania com base em
sanção divina. Os vaishyas, portanto, se
rebelam contra
a opressão de uma nobreza corrupta e inútil, uma revolta
epitomizada pela Revolução
Francesa. Os vaishyas astutos e empreendedores ganham vida,
acumulam
capital, constroem a indústria e o comércio e, em sua
desimpedida avidez por lucro,
oprimem e exploram os shudras, que preparam sua
própria rebelião,
uma revolta exemplificada pela revolução comunista.
O
conceito de
varnasrama-dharma, assim, torna inteligível
nossa própria
história, e muitas coisas se tornam claras. Uma é que formamos
nossas ideias de
sociedade, classe e suas relações com base em uma sociedade em
vários estágios de
progressiva degradação ou colapso, e agora estamos vivendo o
estado terminal desse
colapso. A ideia de varnasrama-dharma, portanto,
é bastante
relevante para nossa experiência política e social na
atualidade.
Entender o varnasrama-dharma nos auxilia na
compreensão
de nossa própria história.
Podemos
ver
o conflito entre a esquerda e a direita, os comunistas (shudras) e os capitalistas (vaishyas),
como o término de um longo processo de degeneração social, e
nenhum dos lados, portanto,
tem qualquer futuro, qualquer esperança real de criar uma
sociedade sóbria, sã e
justa. Certamente, as sociedades da Europa e da América no
século XX se tornaram
fatalmente infectadas pelos valores de vaishyas
descontrolados.
Contudo, shudras descontrolados não é um aprimoramento.
Sendo uma
filosofia totalmente materialista, o comunismo nutre, em vez
de eliminar, as sementes
da exploração e do conflito, encorajando as mesmas condições
que busca melhorar.
Consequentemente, sob o comunismo, jamais haverá uma sociedade
livre da dominação
de um grupo por outro, da maioria pela minoria, e essa
dominação será perpetrada
pelos meios mais brutais possíveis. Tanto a ideologia
capitalista quanto a ideologia
comunista são produtos de exploração e inveja, em razão do que
nenhuma das duas
pode eliminar essas duas coisas. Não podem oferecer alívio
para o processo de degeneração
social porque são criadas por isso, e o conflito entre elas
apenas garantirá, de
uma maneira ou outra, a eventual destruição da civilização.
Se
há alguma
chance de restauração da civilização humana, o ímpeto tem que
vir de fora das condições
de degeneração. É preciso começar pela criação de brahmanas. O
Movimento
da Consciência de Krishna foi projetado especialmente para
criar esses brahmanas, o núcleo de uma sociedade varnasrama-dharma completa. Uma sociedade varnasrama-dharma moderna não tem que repetir as
falhas
espirituais, sociais e tecnológicas da Europa medieval. A
consciência de Krishna
provê um padrão muito superior de pureza do que estava
disponível aos brahmanas medievais. (Isso você pode verificar
pessoalmente.)
E
uma nova sociedade
varnasrama-dharma pode utilizar toda a
conquista tecnológica
de nossos tempos em serviço divino. Assim, o Movimento da
Consciência de Krishna
é a semente de uma nova cultura, de uma civilização humana
potencialmente completa,
brotando precisamente quando a civilização varnasrama
velha e primitiva
alcança os estágios finais de sua destruição. Oferece uma
alternativa a todos nós
que estamos soterrados nos escombros dessa destruição.
Com
estas informações,
espero que você, da próxima vez que confrontado pela escolha
entre direita e esquerda,
veja isso com novos olhos. O varnasrama-dharma
soluciona,
sim, esse problema político intratável. Trata-se de uma
solução radical, no sentido
de que vai na raiz da dificuldade, e convida a uma
reespiritualização da sociedade
humana. Isso talvez pareça ser pedir demais; por outro lado,
os tempos presentes
talvez não nos deixem alternativa.
Por Ravindra Svarupa Dasa
By Amigos de Krishna. Hare Krishna!🙏🏻🌷🙏🏿